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    ‘O objetivo é a vitória’, diz Netanyahu ao negar que ofensiva em Gaza não siga um rumo claro

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    Declaração de premiê acontece após publicação de um artigo que cita a frustração de comandantes militares por não terem ‘um roteiro a seguir após onze meses de guerra’ no enclave palestino

    O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, negou neste domingo (11) que sua ofensiva na Faixa de Gaza não tenha um rumo claro e insistiu que seu principal objetivo é a vitória, após a publicação de um artigo no portal israelense “Ynet” que cita a frustração de comandantes militares por não terem um roteiro a seguir após 11 meses de guerra no enclave palestino. “Ouvi nos meios de comunicação que os combates em Gaza não têm nenhum objetivo e que as decisões políticas não lhes permitem avançar. Não é verdade, o objetivo é a vitória. Nossos soldados estão destruindo sistematicamente o Hamas com o objetivo de demolir as capacidades militares e governamentais, além de libertar os reféns”, disse o premiê israelense em declarações ao “Ynet” durante a reunião de gabinete de hoje.

    Soldados entrevistados pelo portal reconheceram que o governo israelense não estabeleceu um “objetivo de longo prazo” para a guerra em Gaza e que a situação atual é de “estagnação”. “Estamos agindo de acordo com as decisões políticas. O Hamas atua como um sistema e estamos tentando eliminá-lo”, afirma o artigo. Da mesma forma, o portal alerta que a crescente tensão na fronteira norte de Israel com o Hezbollah — desencadeada nas últimas semanas após o ataque em Majdal Shams com 12 crianças mortas e a subsequente morte de um líder do grupo terrorista xiita como resposta israelense — aumentou a necessidade de enviar mais reforços militares para esta parte do país, o que tem repercussões nas fileiras que combatem na Faixa.

    Não é a primeira vez que os meios de comunicação israelenses noticiam o descontentamento dos soldados que combatem em Gaza, alguns dos quais reconheceram que são incapazes de “eliminar” o Hamas e de conseguir levar para casa os mais de 100 reféns que permanecem ali através desta ofensiva. A cessação dos combates é algo que também é solicitado pelas famílias dos reféns e pela comunidade internacional, que nos últimos dias tem exercido renovada pressão sobre Israel e grupo terrorista islâmico para chegarem a um acordo e, assim, evitar que este cenário conduza a uma guerra regional.

    Israel anunciou, na sexta-feira (9), que vai enviar, na próxima quinta-feira (15), uma delegação de negociadores para abordar “os detalhes da implementação do acordo de trégua”, depois de Estados Unidos, Egito e Catar, que atuam como mediadores, terem exigido que as discussões fossem retomadas em Doha ou no Cairo “para fechar todas as lacunas restantes” e implementar o pacto “sem mais demora”. A atual proposta dos mediadores baseia-se nos princípios delineados em maio pelo presidente dos EUA, Joe Biden, que incluem uma primeira fase de seis semanas em que haveria um cessar-fogo completo, as tropas israelenses se retirariam de todas as áreas povoadas da Faixa de Gaza e vários reféns seriam trocados por palestinos presos em prisões israelenses.

    *Com informações da EFE
    Publicado por Marcelo Bamonte

    Fonte: Jovem Pan News

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