A 23ª rodada do Brasileirão terminou nesta segunda-feira (19). Sendo assim, cada clube vai fazer pelo menos mais 15 jogos na temporada até dezembro, sendo que alguns podem ultrapassar a marca de 70 partidas no ano, considerando as demais competições que estão em curso e até mesmo outra que não começou, como é o caso da Copa Intercontinental da FIFA, que pode ter um representante brasileiro se um representante do país ganhar a atual edição da Libertadores.
Time da elite nacional que mais atuou em 2023, o Fortaleza de Juan Pablo Vojvoda segue no topo deste ranking, afinal neste ano o Tricolor também entrou em campo por outras quatro competições: Campeonato Cearense, Copa do Nordeste, Copa do Brasil e Copa Sul-Americana.
“Eu queria estar errado para falar de calendário, mas olhem o que está acontecendo. Tem uma série de pessoas da imprensa conscienciosa. Não adianta me dar balinha doce o sindicato dos atletas dizer: ´Ah, eu agradeci ao Tite porque ele falou, mas o calendário estava e nós aceitamos 66 horas´. Não tem que aceitar, não. Nós, enquanto técnico, temos que bater, o atleta vai arrebentar.”
– Tite, técnico do Flamengo
“As pessoas que fazem o calendário e pensam o futebol brasileiro não entendem nada de futebol e não entram em campo. Pra quem vive do futebol, realmente fica pesado. Vi o Tite reclamando e dou total apoio. E olha que o Flamengo tem uma aeronave à disposição a hora que quer, um grande plantel, estádio e joga a cada três dias também. As pessoas sempre exigem grandes atuações e vitórias. Fica impossível com o calendário. No momento que você gasta para ter um time forte e não pode usar, fica difícil. Os jogadores são humanos. Se colocar sempre o mesmo time, não vai ter nada.”
– Renato Portaluppi, treinador do Grêmio
“No meu livrinho (risos), tem lá um capítulo que falo de coisas boas que o futebol brasileiro tem e outras que pode melhorar. Sou redondamente contra acabar o Paulistão, porque de fato é um campeonato extremamente competitivo. Entendo também, porque já fizemos várias reuniões, e isso eu gosto muito, que todos podem dar opiniões e entender o lado dos times menores. Já disse à minha direção o que acho que temos que fazer. A receita tem que ser dividida. Para esses clubes reduzirem o número de jogos, eles precisam ter direito a uma parcela maior de dinheiro. Se o Palmeiras recebe 20, tem que passar a receber 15 para reduzirmos os estaduais. Sei que é preciso ter coragem, mas quando temos que mudar para ajudar o futebol brasileiro, temos que fazer. O que precisa fazer é que a distribuição de receitas seja maior para os clubes pequeno. Reduzir o número de jogos, mas se possível aumentar a divisão dos valores.”
– Abel Ferreira, técnico do Palmeiras
Fonte: 90min