Os candidatos Adriane Lopes (PP) e Beto Pereira (PSDB) se enfrentaram em duas oportunidades no primeiro bloco do debate desta quarta-feira, para Prefeitura de Campo Grande.
Adriane aproveitou a oportunidade de fazer pergunta para questionar Beto sobre a construção do hospital municipal, afirmando que a Capital tem sofrido as consequências do abandono de muitos anos.
Beto respondeu que nenhum candidato vai se opor à construção do hospital, mas falou da necessidade de investimento na saúde básica, afirmando que é preciso reformar 40 postos de saúde, pagar produtividade e insalubridade para os profissionais e garantir medicamentos nas unidades de saúde antes de qualquer nova construção.
Adriane afirmou que revitalizou 42 unidades saúde em um ano, criou unidade de pronto-atendimento infantil com 15 pediatras, onde já atendeu mais de 5 mil crianças e construirá um hospital que vai abrir mais 259 leitos para atender demanda reprimida.
Beto respondeu que vai extinguir a palavra revitalização, afirmando que pintura e maquiagem não vai acontecer, porque vai oferecer reforma e construção digna. “Não podemos viver com maquiagem… Não pode conviver com orçamento de 2 bilhões e faltar dipirona”, retrucou.
Beto também se dirigiu a Adriane na oportunidade de fazer pergunta, afirmando que o Estado cresceu 30% nos últimos dez anos, enquanto Campo Grande diminuiu a economia em 1,59%, questionando o porquê da distorção.
Adriane respondeu que há dez anos a Capital está sofrendo com o desvio de empresas da Capital para o interior, mas disse que Campo Grande avança em pleno desenvolvimento. Adriane disse ainda que falta conhecimento a Beto do que está acontecendo na capital, porque fica em Brasília e não sabe o que está acontecendo. Disse que Campo Grande tem pleno emprego e está capacitando 10 mil jovens em um ano para rota bioceânica, além de fortalecer empresários.
Beto Pereira afirmou que a diferença entre o Estado e a Capital existe porque o empreendedor não encontra ambiente favorável de negócio em Campo Grande. O candidato citou dificuldade para tirar alvará, licença, sustentando que ninguém consegue vencer a burocracia para empreender e, por isso, empresas estão migrando para Ribas, Sidrolândia, Jaraguari.
Adriane disse que há bastante tempo o PSDB tem desviado empresas da capital, mas empresários de Campo Grande sabem o que acontece. Afirmo que está investindo nos polos empresariais, que estão recebendo saneamento.
O bloco também teve pergunta de Rose Modesto (União) para Camila Jara, sobre segurança nas escolas. Camila falou de escolas que estão desmoronando, por falta de reformas estruturais. Rose citou a política de planejamento, dizendo que professor precisa de qualidade de vida e segurança emocional para trabalhar. Também falou em fortalecimento da guarda e polícia. Camila ainda citou o uso de tecnologia para atingir a população e falou da proposta de descentralizar e ter centros integrados para atender a população.
Camila Jara perguntou para Luso Queiroz (PSOL) sobre economia, pontuando que empresas não se instalam na Capital. Luso respondeu que a arrecadação da Capital caiu porque a renda do campo-grandense caiu. Afirmou que o estado não está mais investindo no emprego em Campo Grande, que não tem repasse como antigamente. O candidato disse que vai fará, em 90 dias, uma análise da prefeitura, prometendo diminuir de 55% para 45% os gastos com pessoal. Camila falou em um plano para investir no jovem, para que não tenha que deixar a cidade em busca de oportunidade melhor.
Beto Figueiró (Novo) usou o tempo para perguntar a Beto Pereira se ele vai votar pelo impeachment do ministro Alexandre de Moraes e o tucano disse que ele estava desinformado, já que essa é uma atribuição de senador e não de deputado federal.
Ubirajara Martins (DC) perguntou para Adriane Lopes sobre falta de vagas na educação infantil. Adriane respondeu que está trabalhando para acabar com déficit. Disse que era de 11 mil crianças em fila de espera e construiu, em seis meses, 150 salas de aula. Disse que entregou uma EMEI no Inápolis, aguardada há 18 anos. Ubirajara disse que há deficiência e 60% que não consegue frequentar a escola são as pessoas pobres. Falou em escola em tempo integral principalmente para quem mais precisa, que são os mais pobres.
O candidato Jorge Batista (PCO) questionou Rose sobre a saúde, afirmando que vai muito mal. Rose disse que o problema de Campo Grande é no jeito de fazer, afirmando que é preciso centralizar o modelo de compra. Prometeu uma central de compras na Secretaria de Saúde, falou da fila de quase 70 mil pessoas na saúde, afirmando que fará mutirão, com equipe técnica. Jorge Batista prometeu uma central de compra e distribuição de medicamentos, alegando que falta de remédio nos postos.
Fonte: Investiga MS


