O candidato a prefeito de Campo Grande pelo PCO, Jorge Batista, continua negando que tenha agredido a esposa, que registrou boletim de ocorrência ontem, pedindo medida protetiva para evitar contato com ele até por telefone.
Na manhã desta quarta-feira, o candidato procurou a reportagem para apresentar “a ficha” da denunciante, relatando vários crimes de estelionato, com uso de documento falso e cheques de uma terceira pessoa.
Jorge Batista afirma que descobriu os crimes quando indicou a esposa como candidata a deputada estadual e foi chamado pelo partido para falar sobre a ficha. “Quase cai da cadeira. Não é, não acredito. O juiz eleitoral cassou ela. Não pode ser candidata com essa ficha suja. Agora, você já pensou. Uma pessoa desta é muito maldosa e o que ela fez comigo é só maldade, maldade, maldade”, declarou o candidato.
Jorge Batista voltou a negar que tenha agredido a esposa. “Estão colocando como se eu fosse um vagabundo, bandido. Não sou esse cara. Tenho respeito imenso por idoso, criança, adolescente. Tenho quatro mandatos de presidente da associação de moradores. Moro aqui há quarenta anos. Acha que se eu tivesse uma ficha suja, bandidão, alguém ia votar em mim? Ninguém nem concorre contra mim porque sabe que vai perder. Votam em mim mulheres, jovens. De repente, arrebenta isso na imprensa. Estou esperando o oficial de justiça vir aqui para ir em casa pegar minhas roupas, minhas coisas. Não tenho nem roupa para vestir porque não vou lá”, contou.
A esposa de Jorge, de 50 anos, registrou boletim de ocorrência por violência doméstica na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher. Ela solicitou medida protetiva contra o candidato, que responderá o boletim por violência, injúria e vias de fato. Também pediu que ele seja proibido de contato com qualquer membro da família.
Jorge afirma que a mulher tem problema psiquiátrico, toma remédio controlado e quer ficar com o apartamento dele. Ele disse ainda que eles não estão mais casados e que vai procurar a polícia para “esclarecer a verdade”.
“Não faço mal para ninguém, nem homem e nem mulher. Sou tranquilo, trabalho até hoje como Uber. De repente, ver teu sonho cair ao chão é muito triste. Mas vou lutar de cabeça erguida”, declarou.
Foto: Luciano Muta (ilustração)
Fonte: Investiga MS


