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    Candidatos trocam farpas em sabatina: “ficha suja, folha secreta e Alice”

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    Seis, dos oito candidatos a prefeito de Campo Grande, participaram de sabatina na manhã desta sexta-feira. Os candidatos não puderam fazer perguntas um ao outro, o que não impediu alfinetadas nos dois minutos disponibilizados para Adriane Lopes (PP), Beto Figueiró (Novo), Beto Pereira (PSDB), Luso Queiroz (PSOL), Rose Modesto (União) e Ubirajara Martins (DC) em cada um dos cinco temas sorteados.

    Os candidatos apresentaram propostas para segurança pública, economia, inclusão social, habitação e saúde. Camila Jara (PT) não compareceu, alegando compromissos em Brasília. Jorge Batista (PCO) não foi convidado porque não tinha oficializado candidatura quando a Capital FM iniciou a organização do evento.

    Durante as respostas os candidatos aproveitaram oportunidade para criticar adversários, sem citar nomes, para não dar direito de resposta. Como provocação, trouxeram para o debate expressões como ficha suja, Alice no País das Maravilhas e folha secreta.

    Confira abaixo um resumo da participação dos candidatos na sabatina desta sexta-feira:

    Adriane Lopes

    Adriane Lopes iniciou a participação dizendo que a cidade não está no caos que todos estão falando e disse acreditar em uma cidade, que cresce todo dia, cidade progressista que merece propostas sérias e certas.

    Sobre segurança pública, pontuou que é um dever do Estado, mas citou realização de concurso público, com convocação de mais de 300 guardas. Disse que Campo Grande passa pela dor do crescimento e citou parceria  com iniciativa  a inciativa privada para monitoramento e criação do botão do pânico nas escola, onde falou da acessibilidade assegurada nos últimos anos, além da criação do primeiro centro de educação inclusiva do Brasil.

    Adriane disse que assumiu a prefeitura com déficit financeiro, com nome no SPC, mas disse que a cidade avançou bastantes nos últimos dois anos, citando abertura de  mais de 20 mil empresas na Capital, gerando emprego e renda. Segundo a prefeita,  a cada seis horas, uma empresa está abrindo as portas em Campo Grande. Também destacou a criação do primeiro parque tecnológico, que abriu novos caminhos para os jovens, primeira escola pública de marketing digital e declarou que a cidade conquistou o pleno emprego neste tempo de gestão.

    Adriane respondeu a declarações de que a cidade chegou a ficar sem favela, afirmando que o papel aceita tudo. Para contrapor, citou como exemplo o fato de ter regularizado mais de 7 mil casas, algumas com mais de 30 anos de irregularidades. Também falou das 600 pessoas com aluguel social e de casas construídas para moradores da favela do Mandela.

    Sobre saúde pública, disse que é um problema em todo pais e Campo Grande não é diferente, com problemas de décadas. Declarou que  renovou frota de ambulâncias, trouxe motolâncias; abriu  um pronto atendimento infantil  24 horas, com 15 pediatras, revezando de seis em seis horas e citou a construção do hospital municipal para acabar com despesa de mais de 40 milhões mensais para vagas em hospitais particulares.  P

    Adriane encerrou as falas dizendo que dois anos é pouco, mas que mostrou caminhos com soluções novas para problemas antigos. Disse que é ficha limpa e não teve contratos ou contas reprovadas. Afirmou que Campo Grande tem problemas, mas que está apontando caminhos e soluções.  “ Cada um escolhe com quem anda, mas quem escolhe quem governa é vc”.

    Beto Figueiró

    O candidato Beto Figueiró falou em quebrar o paradigma da política profissional e libertar a cidade da asfixia da política profissional. Prometeu equiparação salarial da guarda com a Polícia Militar, para que os servidores não precisem mais fazer trabalho extra para alimentar suas famílias. Criticou o fato da Capital ter “drogados” que transitam no Centro como se fosse um morro do Rio de Janeiro, alegando que o Centro virou escarnio do abandono do poder público.

    O candidato falou de inclusão social  cuidando dos primeiros 1000 dias da criança, com  atenção ao saneamento básico, alimentação de primeira, com nutrientes, vitaminas e sais minerais necessários ao desenvolvimento do ser humano. Aproveitou o tempo para falar em  enfrentar o descaso a que a classe política profissional vem submetendo a população. Conclamou o voto de pessoas que enfrentaram sol, chuva e correram risco de prisão recentemente.

    Beto Figueiró disse que todos outros candidatos pedem benção ao presidente Lula, que arrasou com a economia e alegou que a grande imoralidade que acontece atualmente é o sequestro do ICMS, que caiu de 23% para 11% nos últimos anos. Classificou as administrações anteriores como covardes por não combaterem o “sequestro silencioso” do ICMS, feito pelo governo.

    O candidato citou o déficit de 70 mil moradias, além de 8 mil famílias que vivem em situação precária e falou em parceria com gestores competentes que podem auxiliar o poder público, além da garantia de titularidade de áreas invadidas, como realizado em Brasília.

    Beto Figueiró disse que o problema da saúde não é de agora e que a solução passa por uma vila da saúde, com descentralização das compras, e olhar austero para saúde. Afirmou que  prefeitos omissos deixaram passar leis que engessam a saúde e voltou a defender um enfrentamento contra a redução do ICMS, alegando que o governo não atende a saúde, citando o Hospital Regional como exemplo.

    Figueiró encerrou o discurso afirmando ser o único candidato de direita, comprometido com valores que levantou Jair Bolsonaro. Declarou que a política está tomando caminhos duvidosos, que lamenta, mas continua fazendo posicionamento. “Não vou permitir que a esquerda se tinja de verde e amarelo neste momento de solução para cidade”.

    Beto Pereira

    O candidato Beto Pereira falou em mudança de conceito e paradigma, para dar prosperidade a quem mora e quer ver sua família prosperar. Sobre segurança, mencionou a necessidade de investir em iluminação e cuidado com as praças; valorizar o profissional da guarda, que está sofrendo, desvalorizado; garantir equipamento de qualidade, viatura e recurso tecnológico, também realizado em parceria com a iniciativa privada, alegando que a Capital só tem 50 câmeras funcionando.

    Beto Pereira citou o aumento de moradores de rua, sem uma política eficiente de combate a drogas, com a população que sofre sem ter tratamento devido.  Disse que na cidade não há contraturno com esporte e cultura para crianças, afirmando que estes programas são realizados apenas pelo terceiro setor.  Afirmou que mães precisam de decisão judicial para atender crianças com necessidades especiais e prometeu acrescentar R$ 300 no programa do Governo do Estado, Cuidar de Quem Cuida, que oferece R$ 900 a famílias de pessoas com deficiência.

    Beto criticou a demora para conseguir um alvará, licença ou incentivo fiscal na Capital, pontuando que o Estado cresceu mais de 30%, enquanto a Capital diminuiu. Afirmou que Campo Grande gasta muito e gasta mal. Classificou como imoralidade traumática o gasto de 57% com pessoal e classificou a chamada folha secreta como maior imoralidade já vista, dizendo que enquanto pessoas ganham menos de um salário, os amigos do Paço ganham entre R$ 80 e R$ 100 mil.

    O candidato do PSDB afirmou que habitação não foi prioridade na Capital nos últimos anos, perdendo o título de capital sem favela. Disse que já foi prefeito e sabe como enfrentar o déficit habitacional. Disse que o Estado fez casas em 78 municípios, mas não fez na Capital porque a prefeitura não inscreveu a cidade no programa, assim como no Governo Federal, onde não fez inscrição para o Minha Casa Minha Vida.

    Beto criticou o que chamou de “conto de fadas” ao dizer que prateleiras estão cheias de remédio, com abundância de exames e médicos, garantindo que a realidade na ponta é muito diferente. O candidato defendeu investimento no servidor, com valorização, e nos prédios, ressaltando que chove mais dentro do que fora das unidades.

    O candidato encerrou a fala agradecendo a forma que está sendo recebido e disse acreditar na Capital e na capacidade gigantesca de regeneração para assumir o protagonismo que deve ter, defendendo um projeto de mudança com experiência.

    Luso Queiroz

    O candidato Luso Queiroz se descreveu como um jovem e homem simples, que nunca usou a política para ganhar dinheiro.  Disse que mora no Centro da cidade, usa transporte público e sabe o que é correr risco, relatando que já presenciou por diversas vezes mulheres trabalhadoras correndo risco em pontos de ônibus no Centro da cidade, que segundo ele, perdeu o ar interiorano. “A cidade está crescendo, tendo problemas e a segurança pública está penando”.

    O candidato disse que inclusão social é dar dignidade, Água tratada, internet, bom salário e afirmou que o PSOL defende um salário maior para o trabalhador, além de colocar no orçamento  a educação especial, com as mães atípicas..

    Luso sustentou que Campo Grande sempre teve emprego e indústria, mas defendeu  a instalação de novos empreendimentos, para utilizar, por exemplo, produtos de celulose de indústrias do interior, reduzindo o valor pago aqui no Estado para estes produtos que vêm de fora.  O candidato declarou que não basta ter emprego, mas bons salários, afirmando que vai estabelecer um salário mínimo municipal.  

    O candidato do PSOL classificou como estranho o fato de Campo Grande ter déficit habitacional com um terço de moradias desocupadas, com muitas delas desocupadas na Capital. Citou prédios abandonados há 40 anos no Centro, alegando que não precisa construir mais casas, mas enfrentar a “máfia imobiliária” e fazer cumprir a função social da terra e da propriedade.

    Luso disse que a saúde de Campo Grande precisa caminhar e sair da estagnação, citando a criação de aplicativos, para que o cidadão não precise acordar de madrugada para fazer um agendamento, e de cal center

    Saúde de cg caminhar, parar de estagnação .ter aplicativo. Não vai acordar de madrugada para agendamento. Prometeu criar  duas upas pediátricas para atender mães na zona norte e zona sul, com atendimento 24 horas, além da construção de um  hospital municipal na região central.

    O candidato encerrou a fala dizendo que entre os oito candidatos há quem tenha ficha sujo e quem depois de eleito nunca mais visitou um amigo. Alegou que não tem cargo no município, estado ou governo federal e afirmou ser um candidato 100% ligado ao povo, usuário do SUS.

    Rose Modesto

    A candidata Rose Modesto iniciou a fala afirmando que vai trabalhar com eficiência para fazer o dinheiro da população chegar onde tem que chegar. Falou do trabalho de prevenção na segurança pública, fortalecendo a guarda e reestruturando, com número maior de viaturas para rondas, bem como instalação de totens para acionar monitoramento.

    Rose afirmou que começou a investir em inclusão social muito cedo, ainda como professora, trabalhando para que crianças do lixão não deixassem a escola. Citou o projeto pessoal que oferece arte e educação para crianças. Prometeu implantar o projeto florescer nas sete regiões da cidade, com acesso a jovens que precisam ter sua autoestima elevada. Afirmou que Campo Grande tem mais de 55 favelas e disse que vai implantar o  projeto sai da lona,  para tirar mais de 4 mil pessoas da extrema pobreza para casa própria.

    A candidata pontuou que de 2017 para 2023 a receita da capital cresceu pouco mais de 60% e a despesa passou de 70%. Disse que vai enxugar a gastança desnecessária e fazer com que a prefeitura se torne uma fomentadora, fortalecendo o empresário, já que a Capital perde muita coisa para o interior, mesmo tendo mais de um milhão e meio de cartão do SUS, sobrecarregando o sistema de saúde local.

    Rose lembrou da infância, afirmando que quando morava em um distrito não tinha condição de ter um banheiro, o que a faz conhecer a realidade de muitas pessoas. Voltou a falar da construção de 4 mil moradias, dizendo que sua experiência como deputada e diretora da Sudeco lhe garantiram experiência para ir atrás do recurso necessário.  

    Sobre saúde, falou da necessidade de iniciar o trabalho fortalecendo atenção primária, que desafogará Upas e centros regionais;  valorizar o agente comunitário da saúde e pagar insalubridade a todos os profissionais de saúde. A candidata citou o problema de Upas superlotadas por falta de leitos, disse que vai repactuar parcerias com hospitais para garantir mais leitos e implantar tecnologia e inovação, além de mutirões de cirurgia.  

    Rose encerrou a fala agradecendo a forma que tem sido recebida e pessoas que ajudaram a construir o programa de governo. Disse que vai tirar da fila as mais de oito mil crianças que aguardam por uma vaga, além de atender mais de 70 mil que aguardam na “fila da dor”, esperando por consulta, exame ou cirurgia; tirar pessoas debaixo de uma lona e levar asfalto para os mais de mil quilômetros de vias não pavimentadas.

    Ubirajara Martins

    O candidato Ubirajara Martins iniciou a fala assegurando que não faz parte do sistema e pretende fazer a diferença para que o dinheiro retorne para as pessoas. Sobre segurança pública, disse que investirá em estrutura, com viaturas e tecnologia, levando guardas para os bairros, mas também dando condição de trabalho, além de arma, já que, segundo ele, enfrentará um marginal com arma.

    Ubirajara disse que há pessoas que parecem viver como Alice no País das Maravilhas, enquanto pessoas carecem do básico. Pontuou que tem uma pessoa com deficiência como vice, e conhece a realidade de rejeição no transporte coletivo e até na geração de emprego.

    O candidato criticou o fato do Estado ser um dos maiores produtores de gado e agricultura e não ter uma indústria na Capital .Prometeu dar terreno e empresa, incentivando para que cada bairro tenha uma indústria e emprego.

    O candidato defendeu a construção de casas pré-moldadas, de construção mais rápida, fácil e barata, assegurando moradias para  idosos, pessoas com deficiência e mulher em grupo de risco. O candidato disse que a questão é querer fazer e  acabar com teta de muitas pessoas que enriquecem, enquanto outras não têm uma casa para morar.  

    Ubirajara classificou a saúde como um caos, afirmando que as pessoas precisam ir à justiça para conseguir um remédio, enfrentando a prefeitura, que recorre dos pedidos. Disse que nas unidades faltam coletor de urina, diclofenaco e ambulância e questionou a falta de dinheiro para um hospital municipal. Disse que se eleito vai comprar medicamento direto das farmacêuticas, sem intermediário.

    O candidato encerrou a fala dizendo ser de um partido de direita conservadora, que vai lutar pela família. “Vou lutar, como advogado, pelo direito das pessoas”.

    Fonte: Investiga MS

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