Pedido de contagem de tempo de aposentadoria do conselheiro Waldir Neves movimenta cenário político
O conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Waldir Neves, provocou movimentação no cenário político ao solicitar a contagem de seu tempo de serviço para aposentadoria. Esse pedido gerou especulações sobre sua possível saída e sobre quem poderia ocupar sua vaga no tribunal.
Jerson Domingos, presidente do TCE, confirmou o pedido de contagem de tempo, mas negou que Waldir tenha solicitado aposentadoria. Domingos esclareceu que Neves pode optar pelo abono de permanência, o que garantiria sua continuidade no cargo, mesmo afastado, com um salário de cerca de R$ 30 mil, além de um adicional de R$ 5 mil.
Waldir Neves, indicado por cargo político, é o único dos três conselheiros afastados (juntamente com Ronaldo Chadid e Iran Coelho) nessa situação. Aos 61 anos, Neves pode permanecer no tribunal até os 75 anos, com salário estimado em R$ 100 mil, caso seja absolvido.
A vaga no TCE desperta interesse, com o ex-chefe da Casa Civil, Sérgio de Paula, sendo o principal nome cotado para suceder Neves. Entretanto, caso essa vaga não seja aberta, de Paula pode assumir o lugar de Jerson Domingos, que se aposentará no próximo ano. O deputado Márcio Fernandes (MDB) também está na disputa, afirmando ter apoio suficiente de seus colegas na Assembleia Legislativa.
As investigações que resultaram no afastamento de Waldir Neves estão ligadas à Operação Mineração de Ouro, que revelou um esquema de fraudes em licitações envolvendo empresas com conluio prévio. A fraude incluía a contratação de serviços por meio de atestados técnicos falsificados e mecanismos de ocultação de recursos, com desvios de valores via saques em espécie e movimentações bancárias irregulares.
Foto: Divulgação/CGU
Fonte: Investiga MS


