spot_img
Sexta-feira, 25 Abril, 2025
More
    InícioPolíticaPolítica InternacionalDecreto de Milei que limita acesso à informação pública é repudiado na...

    Decreto de Milei que limita acesso à informação pública é repudiado na Argentina

    Publicado há

    spot_img

    Poder Executivo do país teria tomado a decisão para restringir o fornecimento de dados privados de funcionários públicos

    Organizações da sociedade civil e líderes opositores repudiaram o decreto do presidente argentino, Javier Milei, que limita o acesso à informação pública, estabelecido em 2016 por uma lei de transparência do Estado, e pediram-lhe para revogar a medida. Em carta pública divulgada na noite de terça-feira (3), cerca de 70 associações civis repudiaram o decreto, que redefine os alcances da lei e estabelece que a vida privada dos governantes está fora de qualquer pedido de informação. “Um decreto não pode limitar o acesso à informação pública”, reivindicaram dezenas de organizações, entre eles o Fórum de Jornalismo Argentino (Fopea), o Centro de Estudos Legais e Sociais (CELS) e a Associação Civil pela Igualdade e a Justiça (ACIJ). O presidente promulgou, na sexta-feira passada, a lei aprovada em 2016 pelo Congresso, e introduziu por decreto na norma algumas especificações, como por exemplo determinar que tipo de informação pode ser requerida, deixando fora do alcance, entre outras coisas, “os papéis de trabalho” dos funcionários e “suas deliberações”.

    Também introduz o requisito do “princípio de boa fé” para qualquer pedido de informação pública e autoriza a imposição de indenizações a quem violar ou fizer uso abusivo do direito. Além disso, o decreto considerou “necessário adotar medidas para evitar a divulgação de qualquer informação que, por sua especificidade, possa ser utilizada para identificar rotinas, deslocamentos e localizações de uma pessoa, assim como a relacionada a denúncias ou investigações em curso”. Para as associações civis, a medida presidencial “implica uma séria regressão no tema da interpretação do direito de acesso à informação à luz dos padrões internacionais de direitos e luta contra a corrupção”. Estas consideraram, também, que sua aplicação “gera um marco normativo discricional”.

    No fim de julho, uma decisão judicial já tinha avançado na limitação do acesso à informação pública sobre “a vida privada” do presidente Milei, incluído qualquer dado referente a seus cães, um ponto sensível para o chefe de Estado. Assim determinou a Procuradoria do Tesouro da Nação, ao rejeitar um pedido de informação pública em relação aos gastos de manutenção dos quatro cães do presidente e o custo da construção de canis na residência presidencial.

    Publicado por Luisa Cardoso
    *Com informações da AFP

    Fonte: Jovem Pan News

    Últimas

    Seis empresas disputam obra do anel viário de Bonito

    Projeto prevê pavimentação de 7,6 km, construção de viaduto e passagem de fauna com...

    Projeto “Lei da Onça” busca equilíbrio entre pecuária e preservação

    Proposta quer proteger felinos silvestres e compensar prejuízos causados por ataques a rebanhos no...

    Falso policial armado rende motorista e rouba carro em Campo Grande

    Criminoso atirou para o alto e fugiu em direção ao Indubrasil com o veículo...

    Motociclista que morreu em acidente já havia matado mulher no trânsito

    Antônio Carlos tinha 66 anos e atropelou uma motociclista em 2022, em São Gabriel...

    Relacionado

    Israel nomeia novo comandante militar no país

    Eyal Zamir substitui o tenente-general Herzi Halevi, que renunciou após reconhecer falhas das Forças Armadas na guerra

    Macron critica tarifas dos EUA e fala em reciprocidade

    Embora tenha se reunido com o Trump, o presidente da França demonstrou ceticismo em relação à capacidade da União Europeia de evitar tarifas

    EUA negociam direto com Hamas para libertação de reféns e quebram tradição

    Atualmente, cerca de 24 pessoas, incluindo um cidadão americano, permanecem em cativeiro na Faixa de Gaza