spot_img
Sexta-feira, 25 Abril, 2025
More
    InícioPolíticaPolítica InternacionalQueda do chefe do cartel de Sinaloa provoca onda de violência no...

    Queda do chefe do cartel de Sinaloa provoca onda de violência no México

    Publicado há

    spot_img

    A recompensa por ele era de US$ 15 milhões e as acusações eram extensas: narcotráfico, crime organizado, conspiração em assassinatos e lavagem de dinheiro

    A prisão de Ismael “El Mayo” Zambada, líder mais antigo do cartel de Sinaloa, encerrou uma busca de 40 anos, provocou uma onda de violência e deixou várias perguntas sem respostas no México. Desde que agentes dos EUA detiveram Mayo, em uma operação cinematográfica, em julho, dez pessoas foram mortas em Sinaloa em conexão com o caso, incluindo o ex-prefeito de Culiacán Héctor Melesio Cuén. Mayo era o último dos fundadores do cartel que estava em liberdade. O fato em si muda a dinâmica do crime organizado no México, mas as circunstâncias agravam as consequências. Ele foi preso ao lado de Joaquín Guzmán López, filho de Chapo Guzmán, sócio de Mayo, que o acusa de traição. Ambos embarcaram em um avião para o Texas e receberam ordem de prisão assim que pisaram nos EUA — para espanto do governo mexicano.

    A operação é um mistério. Uma hipótese é que Mayo tenha negociado sua rendição com os americanos para tratar de um câncer. Outra é que o filho de Chapo teria sequestrado o chefão de Sinaloa – tese difundida pelo próprio Zambada em carta. Ambas abrem espaço para uma violenta corrida pela sucessão e reorganização do grupo. O avanço de rivais sobre os domínios do cartel e denúncias de corrupção política formam a receita de um tsunami de violência. A queda de Mayo é uma vitória dos americanos. A recompensa por ele era de US$ 15 milhões e as acusações eram extensas: narcotráfico, crime organizado, conspiração em assassinatos e lavagem de dinheiro. Nada disso, no entanto, representa uma ameaça existencial ao crime organizado no México, segundo analistas.

    A guerra civil entre os narcos apenas favorece o crescimento de outras organizações. Sinaloa é um gigante do narcotráfico, com operações em 47 países, segundo a DEA. Sua maior ameaça é o cartel Jalisco Nova Geração, fundado em 2011, após uma dissidência de Sinaloa, que seu expandiu rapidamente para 40 países. Os dois cartéis dominam as rotas de fentanil e cocaína para os EUA e disputam territórios em busca de novas áreas de influência “Existe o risco de uma violência explosiva entre Sinaloa e cartéis rivais, principalmente o Jalisco Nova Geração, que vai tentar tirar vantagem da instabilidade”, afirmou Robert Muggah, cientista político e cofundador do Instituto Igarapé. Um relatório do Congresso dos EUA, publicado em 2021, apontou os Estados de Sinaloa e Durango como centros do cartel de Mayo, que atua também em Sonora, Baja California e Chihuahua – todos na fronteira americana. Em 2023, três das cinco cidades mais violentas do México estavam no centro das disputas entre Sinaloa e grupos rivais.

    *Com informações do Estadão Conteúdo
    Publicado por Marcelo Bamonte

    Fonte: Jovem Pan News

    Últimas

    Seis empresas disputam obra do anel viário de Bonito

    Projeto prevê pavimentação de 7,6 km, construção de viaduto e passagem de fauna com...

    Projeto “Lei da Onça” busca equilíbrio entre pecuária e preservação

    Proposta quer proteger felinos silvestres e compensar prejuízos causados por ataques a rebanhos no...

    Falso policial armado rende motorista e rouba carro em Campo Grande

    Criminoso atirou para o alto e fugiu em direção ao Indubrasil com o veículo...

    Motociclista que morreu em acidente já havia matado mulher no trânsito

    Antônio Carlos tinha 66 anos e atropelou uma motociclista em 2022, em São Gabriel...

    Relacionado

    Israel nomeia novo comandante militar no país

    Eyal Zamir substitui o tenente-general Herzi Halevi, que renunciou após reconhecer falhas das Forças Armadas na guerra

    Macron critica tarifas dos EUA e fala em reciprocidade

    Embora tenha se reunido com o Trump, o presidente da França demonstrou ceticismo em relação à capacidade da União Europeia de evitar tarifas

    EUA negociam direto com Hamas para libertação de reféns e quebram tradição

    Atualmente, cerca de 24 pessoas, incluindo um cidadão americano, permanecem em cativeiro na Faixa de Gaza