Vindo de duas derrotas consecutivas e sem fazer gols, o São Paulo tem nos próximos dias três jogos fora de casa por competições diferentes, afinal setembro pode ser um mês decisivo em relação aos objetivos do Tricolor para a reta final de 2024, afinal além do Brasileirão há dois mata-matas pela frente – Copa do Brasil e Libertadores.
Cabe ressaltar que há alguns jogadores lesionados que só devem voltar em outubro ou mais para frente, como os meio-campistas Alisson e Pablo Maia e o atacante Ferrreira.
Terceiro técnico do time em 2024, Luis Zubeldía tem o desafio de recuperar a confiança do elenco que no momento é dividido em três partes – os jovens da base como o lateral Moreira e os atacantes Henrique Carmo e William Gomes, os reforços recém-chegados que além de tudo são estrangeiros e precisam de um tempo para adaptação, casos do argentino Santiago Longo e do britânico Jamal Lewis, e o restante que inclui os que estão há mais tempo no clube. É deste grupo maior que vamos falar mais adiante.
Ninguém balançou mais a rede neste ano do que ele, que soma 14 gols e uma assistência, no entanto a questão disciplinar pesa contra, afinal são muitas suspensões por cartões amarelos e até expulsões, o que pode comprometer em uma maratona de jogos. Além disso, volta demais para buscar o jogo na tentativa de ajudar na criação, mas como não é sua especialidade quando erra pode acabar sendo fatal, gerando contra-ataques ou forçando seus companheiros a cometerem faltas perigosas. O ideal seria ele se aproximar mais da área, afinal Calleri às vezes fica muito isolado.
Canhoto e lateral-esquerdo na base, ele virou meio-campista ao longo da carreira. Chegou a ser convocado para as categorias de base da Seleção Brasileira, mas com o passar do tempo não conseguiu se destacar mesmo trabalhando em diversos times e técnicos. Lesões musculares atrapalharam bastante seu trabalho. Voltou de empréstimo no meio do ano após passagem pelo Yverdon (Suíça) e possui contrato até dezembro, então performar bem seria importante não apenas para renovar, mas também para ganhar visibilidade caso os planos sejam mudar de ares.
A chegada de Longo, amigo de infância dele, pode ajudar o argentino recuperar o espaço. O camisa 8 ganhou algumas chances, mas não apresentar o mesmo nível que o fez virar xodó da torcida antes da grave lesão no joelho que sofreu em 2023 – naquela época foi escalado até como falso 9 e era artilheiro do time. Um dos debates atuais é sobre a posição, se funciona melhor como volante ou na armação, e quando chegou ao Brasil disse que a referência em sua posição era Arrascaeta. “Todo mundo sabe que jogo no meio-campo, mas é bom dar opções para o treinador. Acho que joguei em todas no ataque. Enquanto for positivo para o grupo posso ajudar em qualquer posição“, declarou em 2023.
Autor do gol do título da Copa do Brasil, o camisa 11 começou bem o ano, mas caiu de rendimento e virou reserva. Tem contrato até 2028 e ainda é jovem, com 24 anos, e atua num setor que sofreu várias mudanças, afinal a criação por dentro é um dos problemas crônicos há algum tempo, não à toa o habilidoso Lucas, craque do time, atua mais recuado. Como é canhoto pode dividir a responsabilidade, buscando associações com outros companheiros do lado esquerdo e também arriscando mais finalizações, algo que ele pode explorar mais.
Fonte: 90min
