Ação conjunta em Mato Grosso do Sul visa fiscalizar e coibir a degradação ambiental
Nesta segunda-feira (16), foi deflagrada a operação de combate ao desmatamento, denominada Mata Atlântica em Pé, que ocorre simultaneamente em 17 estados brasileiros, incluindo Mato Grosso do Sul. A operação se estende até o dia 27 de setembro, com o objetivo de identificar e contabilizar áreas desmatadas e infrações ambientais.
Em Mato Grosso do Sul, o Ministério Público Estadual (MPMS), a Polícia Militar Ambiental (PMA) e o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) estão à frente da operação. As equipes de fiscalização realizam visitas a áreas identificadas como potencialmente degradadas e também utilizam monitoramento remoto para detectar ilícitos ambientais. Os responsáveis por práticas irregulares podem ser autuados e responder judicialmente nas esferas cível e criminal, além de estarem sujeitos a sanções administrativas e registros das propriedades rurais.
Dados Anteriores e Participação dos Estados
Em 2023, a Operação Nacional identificou 17.931 hectares de supressão ilegal de vegetação nativa do bioma Mata Atlântica, uma redução em relação aos 11,9 mil hectares registrados em 2022. O total de multas aplicadas foi de aproximadamente R$ 82 milhões. Os estados que participam da operação são: Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.
Apesar da redução no desmatamento em comparação com 2021-2022, que somou 20.075 hectares, ainda há preocupações significativas, especialmente em áreas de transição e biomas adjacentes como Cerrado e Caatinga. Quatro estados concentraram 90% do desmatamento: Piauí (6.192 ha), Minas Gerais (3.193 ha), Bahia (2.456 ha) e Mato Grosso do Sul (1.457 ha). A recuperação das áreas florestais é crucial para a preservação do bioma e para a mitigação das mudanças climáticas.
Situação em Mato Grosso do Sul
Mato Grosso do Sul possui 6,3 milhões de hectares de seu território dentro do bioma Mata Atlântica, abrigando a maior área contínua preservada de Mata Atlântica no interior do Brasil. A região conta com mais de 1 milhão de hectares em um mosaico de unidades de conservação ao redor do rio Paraná, incluindo o Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema, a Área de Proteção Ambiental das Ilhas e Várzeas do Rio Paraná, além de reservas particulares e parques municipais.