A trajetória do técnico Fernando Diniz como novo técnico do Cruzeiro começou oficialmente nesta terça-feira (24), com apresentação Toca da Raposa II. Mineiro de Patos de Minas, ele elogiou o trabalho conduzido pelo antecessor Fernando Seabra e projetou a reta final da temporada com as disputas do Brasileirão e da Copa Sul-Americana.
Fernando Diniz exaltou Cássio e negou que o goleiro tenha dificuldade de trabalhar com os pés, indicando que o atleta precisará se adaptar rapidamente ao estilo de jogo que caracteriza a carreira do novo treinador. O reforço contratado neste meio do ano foi bastante criticado por gols sofridos na reta final de sua passagem pelo Corinthians, quando o treinador António Oliveira fazia o camisa 12 participar mais da saída de bola.
Cabe relembrar que Fernando DIniz teve uma passagem curta pelo clube celeste em sua carreira profissional como meio-campista. Em 2004, aos 30 anos, o atleta deixou o Juventude para defender a Raposa. No entanto, foram apenas oito jogos disputados (diante de São Paulo, Coritiba, Guarani, Internacional, São Caetano, Atlético-MG e Palmeiras) e o ciclo encerrou após o término do Brasileirão daquele ano.
Fernando Diniz estreia no Cruzeiro nesta quinta-feira (26), a partir das 21h30 (de Brasília), em duelo contra o Libertad (Paraguai), no Mineirão, jogo de volta das quartas de final da Copa Sul-Americana. A Raposa abriu 2 a 0 no Defensores del Chaco, portanto pode perder por até um gol de diferença em BH que avança de fase.
“Sei da responsabilidade que é chegar em um time grande como o Cruzeiro. Tudo que está sendo feito é para conquistar títulos, mas não posso prometer isso. Tem jogo difícil na quinta, depois a semifinal. A vida é mais importante que levantar taça. Vou fazer de tudo para o Cruzeiro ser o melhor clube do mundo. O elenco tem muitos jogadores capazes e a tendência que a gente se dê muito bem. Para mim, uma grande satisfação e um sonho que se realiza. Tive oportunidade de jogar aqui em 2004. Sou de Patos de Minas e meu pai era um grande torcedor do Cruzeiro na década de 60, tendo ídolos como Tostão, Piazza, Dirceu Lopes. Perdi meu pai com oito anos. Então, tem um valor agregado e sentimental à minha chegada.”
– Fernando Diniz, técnico do Cruzeiro
“Tenho que agradecer também aquilo que o Seabra fez aqui, sei que vou pegar um time bem treinado. É uma pessoa que respeito muito e tem uma trajetória importante. Embora a gente nunca tenha convivido no mesmo time, é alguém que admiro muito por tudo que fez nas categorias de base e das chances que ele teve tanto no Athletico Paranaense como no Cruzeiro demonstrando seu valor e talento.”
– Fernando Diniz, técnico do Cruzeiro
“Eu sempre quis trabalhar com o Cássio, ele sabe disso. É uma relação que a gente tem, uma hora a gente se encontraria. É um cara corajoso, que não tem preguiça para nada, solidário, que está toda hora dando a cara, a vida inteira se expondo para beneficiar os times que ele defende. Para mim não é nenhum problema, inclusive acho que o Cássio é um jogador que já teve estímulos com os pés na época do Corinthians. Ele gosta de jogar com o pé e tem totais condições de poder jogar com o pé e ajudar o Cruzeiro, como já tem ajudado.”
– Fernando Diniz, técnico do Cruzeiro
Fonte: 90min
