Antonio Coral Costa, conhecido como Toninho Colibri (PSDB), foi flagrado distribuindo vale combustível durante as eleições
O presidente da Câmara de Vereadores de Santa Rita do Pardo, Antonio Coral Costa, conhecido como Toninho Colibri (PSDB), de 65 anos, foi preso no último domingo (6) por suspeita de corrupção eleitoral. Ele é acusado de distribuir vales de combustível em um posto da cidade, localizada a 242 km de Campo Grande. Apesar da prisão, Toninho foi reeleito para a próxima legislatura, conquistando 309 votos e se tornando o segundo mais votado.
Após o pagamento da fiança, que foi reduzida de R$ 50 mil para R$ 20 mil, Toninho foi liberado na manhã de hoje (9). Sua detenção o impediu de comparecer à sessão da Câmara na segunda-feira (7). Até o momento, não foi protocolado nenhum pedido de abertura de comissão de ética para investigar o caso, que continua em apuração.
De acordo com a polícia, a denúncia sobre a prática de compra de votos no posto de combustível, localizado na MS-040, no KM 5, foi recebida no dia da eleição, por volta das 10h30. A situação foi confirmada quando um eleitor admitiu ter recebido um ticket de combustível em troca do seu voto. Durante a abordagem policial, foram encontrados mais de 200 tickets em uma sacola, confirmando a prática ilícita.
O gerente do posto revelou que os vereadores estavam negociando diretamente com o proprietário do estabelecimento, enquanto ele apenas cuidava da confecção dos tickets. Ele também mencionou um indivíduo conhecido como “Chocolate”, que distribuía os tickets entre vereadores e cabos eleitorais. Após investigações, a polícia localizou “Chocolate”, que se identificou como assessor de Toninho. Durante a revista, foram encontrados tickets semelhantes aos apreendidos, além de material de campanha do vereador.
A polícia também localizou Toninho, que foi apontado como o responsável pela compra de votos. Durante o interrogatório, um condutor confessou ter vendido seu voto em troca do ticket de combustível.
O caso está sendo acompanhado pelo Ministério Público, e as investigações seguem para identificar todos os envolvidos no esquema de corrupção eleitoral. A reportagem tentou contato com Toninho, mas ele não respondeu às ligações nem retornou as mensagens, e o espaço continua aberto para sua manifestação.
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou que, durante as eleições do último domingo, 12 pessoas foram presas no interior de Mato Grosso do Sul, incluindo quatro candidatos, um colaborador e sete eleitores.