Os vereadores, que já se dividem na disputa pela presidência da Câmara, podem ficar ainda mais espalhados na construção de uma base de sustentação para a prefeita Adriane Lopes (PP) na Capital.
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Candidatos a prefeito, Beto Pereira (PSDB) e Rose Modesto (União) continuam fazendo oposição nas redes sociais, opinando sobre contração de curso e até o corte de salário de servidores, retomando o assunto da chamada folha secreta. Todavia, ainda não sabem se contarão com vereadores eleitos pelo grupo nesta missão.
Seguindo o resultado da urna, Beto e Rose contariam com maioria na Câmara de Campo Grande, já que a coligação liderada pelo PSDB elegeu 16 vereadores; do União, quatro; do PT, três; e da prefeita Adriane Lopes, seis. Todavia, a luta por sobrevivência e a caneta nas mãos da prefeita, com possibilidade de participação na gestão, podem fazer muitos vereadores mudarem de rota.
O jogo começou a mudar já no segundo turno, quando os vereadores voltaram a se dividir, ficando 16 com Adriane Lopes, incluindo muitos que estavam com Beto, e 13 com Rose Modesto.
O apoio a Adriane fez uma parte do grupo se aproximar da atual gestão. Caso dos vereadores Herculano Borges e Neto Santos, do Republicanos, que já se reuniram com a prefeita após a reeleição para assegurar apoio no próximo ano. O mesmo acontece com o vereador Carlão (PSB), que também faz questão de dizer que ajudará na governabilidade, mesmo hoje concorrendo contra a chapa da prefeita na Câmara.
No PSDB, partido de Beto Pereira, dos cinco vereadores, apenas Papy apoiou Adriane no segundo turno. Ele agora concorre à presidência da Casa, justamente contra uma chapa apoiada pela prefeita. Os outros quatro vereadores escolheram Rose Modesto: Professor Juari, Silvio Pitu, Flávio Cabo Almi e Victor Rocha.
No MDB, Junior Coringa e Dr. Jamal apoiaram Rose. Coringa, tenta se articular como terceira via na Câmara, enquanto Jamal decidiu apoiar Papy. Os vereadores do Podemos, Ronilço Guerreiro e Clodoilson Pires; e do PSD, Otávio Trad, foram de Beto no primeiro turno e de Adriane no segundo. Hoje, eles apoiam Papy. O trio está na base de sustentação da prefeita na atual gestão.
Os vereadores do Partido Liberal, Ana Portela, Rafael Tavares e André Salineiro, se dividiram no primeiro turno, quando se aliaram ao PSDB a mando de Bolsonaro. Tavares, por exemplo, não pediu votos para Beto. No segundo turno, o trio foi de Adriane. Na disputa pela presidência, apoiam o grupo de Papy, por enquanto.
O PT apoiou Camila Jara no primeiro turno e Rose Modesto no segundo. Na disputa da presidência, também está com Papy e Carlão.
Os próximos dias durante e após a disputa pela presidência, quando a caneta da prefeita pode pesar e fazer alguns até trocarem de lado, serão decisivos para testar a fidelidade dos vereadores, com possibilidade até de bancadas divididas na Câmara.
Fonte: Investiga MS


