Contrato da gestão Ângelo Guerreiro é questionado em ação popular que sugere emergência fabricada
Uma perícia apresentada em uma ação popular que tramita na Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos de Três Lagoas revelou um superfaturamento de R$ 2,8 milhões em um contrato emergencial firmado pela prefeitura, sob a gestão de Ângelo Guerreiro, para serviços de coleta de lixo.
O processo foi movido por Vanderlei Amaro da Silva Junior, que questiona a legitimidade do contrato e os valores pagos. Segundo a perícia, assinada por Juarez Marques Alves, da JM Auditores e Peritos, o contrato emergencial de R$ 7,2 milhões, firmado em novembro de 2017, excedeu em R$ 2,8 milhões o orçamento de R$ 4,4 milhões, apresentado pela mesma empresa para um período equivalente em 2019.
Contrato emergencial sob suspeita
A contratação emergencial ocorreu após a Justiça barrar uma licitação para serviços de coleta, transporte e disposição final de resíduos sólidos. Vanderlei argumenta na ação que a emergência foi “fabricada” para justificar os altos custos.
De acordo com o relatório pericial, “houve cobrança indevida (superfaturamento)”, com um aumento expressivo no valor pago à empresa. O contrato de 2017 e o orçamento de 2019 cobriam um período idêntico de seis meses, mas apresentaram discrepâncias significativas.
A empresa envolvida, a Financial, também opera na coleta de lixo em Campo Grande, por meio do Consórcio CG Solurb, responsável pelos serviços na capital sul-mato-grossense.
A denúncia levanta questões sobre a transparência e a lisura no uso de recursos públicos. O caso segue em análise judicial para determinar eventuais responsabilizações.


