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Sexta-feira, 6 Junho, 2025
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    Líder indígena diz que ministra “engavetou” pedido de água em aldeias

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    Ramão Fernandes aponta demora na solução do desabastecimento, enquanto Ministério anuncia liberação de recursos

    O capitão da Aldeia Jaguapiru, Ramão Fernandes, criticou a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, pela falta de ações concretas para resolver a crise de abastecimento de água nas aldeias de Dourados. Fernandes afirmou que em 2023 entregou pessoalmente documentos cobrando soluções, mas acusa a ministra de “engavetar” os pedidos.

    Declarações e confrontos

    “Ela assinou, engavetou, e até hoje não apresentou solução. Se fosse prioridade, isso já teria sido resolvido”, disse Fernandes. O líder se referiu à liberação de R$ 2 milhões, anunciada ontem, para construção de dois super poços na reserva, como uma promessa que ele espera se concretizar.

    Os protestos resultaram em confrontos na última terça-feira (26), deixando pelo menos sete indígenas feridos, incluindo duas mulheres que seguem internadas. A Polícia Militar relatou que 12 policiais também ficaram feridos e seis viaturas foram danificadas durante a operação para liberar a rodovia MS-156, bloqueada há dias.

    Reuniões com autoridades

    Lideranças indígenas se reuniram com a secretária estadual de Cidadania, Viviane Luiza da Silva, na sede do Ministério Público Federal (MPF) em Dourados. O encontro busca firmar compromissos para ampliar o envio de água por caminhões-pipa e viabilizar a construção dos poços.

    Posicionamento do Ministério

    Em nota oficial, o Ministério dos Povos Indígenas reafirmou que o acesso à água potável é um direito humano essencial. A pasta anunciou medidas emergenciais, incluindo:

    • Destinação de R$ 2 milhões para a construção de dois super poços na Reserva Indígena de Dourados;
    • Parceria com a UFGD, com aporte de R$ 575 mil para construção de poços artesianos.

    Além disso, o Ministério informou que mantém diálogo com autoridades estaduais para garantir segurança e avançar em medidas estruturantes para o abastecimento nas aldeias.

    A crise hídrica, que se arrasta há anos, segue sendo uma das principais pautas de reivindicação das comunidades indígenas em Dourados.

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