Diminuição está associada ao aumento da agricultura e queda no rebanho bovino
Nos últimos seis anos, Mato Grosso do Sul registrou uma redução significativa no plantel de equinos, de acordo com dados da Iagro-MS (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal). Em 2024, o estado contava com 299,2 mil equinos, representando uma queda de 31,34% desde 2017. As informações são do Boletim Casa Rural – Equideocultura, lançado pelo Sistema Famasul.
Fatores da redução
A diminuição no número de equinos está ligada ao avanço das áreas de agricultura e à redução do rebanho bovino. Em 2016, Mato Grosso do Sul possuía 21,2 milhões de cabeças de gado, mas as estimativas de 2023 do IBGE apontam para um total de 18,9 milhões.
O rebanho de equídeos no estado é diretamente relacionado à quantidade de bovinos, já que muitos desses animais são usados como força de trabalho em propriedades rurais.
Dados regionais
- Municípios em destaque: Corumbá lidera com 36.071 equídeos em 2023, enquanto Vicentina tem o menor efetivo, com 302 animais (dados de 2022).
- Proporção estadual: Há, em média, 1 equídeo para cada 61 bovinos. Ponta Porã apresenta a maior concentração (1:9), enquanto Pedro Gomes tem a menor (1:113).
Movimentação de equinos
No segundo trimestre de 2024, foram registradas 17.315 movimentações de equinos no estado, envolvendo 36.805 animais. A maior parte das transferências ocorreu dentro dos próprios municípios, principalmente para eventos esportivos equestres.
Importância do setor
O boletim técnico da Famasul visa reforçar a relevância da equideocultura na economia, no turismo e na preservação cultural do estado. Segundo Diego Guidolin, consultor de pecuária da Famasul, o documento abrange desde eventos esportivos até o panorama da cadeia produtiva, destacando o papel do Senar/MS no fortalecimento do setor.
A publicação tem como objetivo aumentar a visibilidade e fomentar o desenvolvimento de um segmento fundamental para Mato Grosso do Sul.