spot_img
Sexta-feira, 13 Junho, 2025
More
    InícioPolíticaPolítica InternacionalDecisão do Reino Unido reconhece críticas a sotaques estrangeiros como assédio racial

    Decisão do Reino Unido reconhece críticas a sotaques estrangeiros como assédio racial

    Publicado há

    spot_img

    Elaine Carozzi, que trabalhava como gerente de marketing na Universidade Hertfordshire, relatou que, apesar de sua fluência na língua inglesa, colegas e superiores faziam críticas sobre o jeito como fala

    O Tribunal de Apelações Trabalhistas (EAT, na sigla em inglês) do Reino Unido reconheceu que críticas a um sotaque estrangeiro podem ser consideradas assédio racial, depois que uma brasileira entrou com uma ação contra a universidade onde trabalhava por ouvir críticas sobre seu “forte” sotaque brasileiro. As informações foram reveladas pelo jornal britânico The Telegraph. Elaine Carozzi, que trabalhava como gerente de marketing na Universidade Hertfordshire, relatou que, apesar de sua fluência na língua inglesa, colegas e superiores faziam críticas sobre o seu sotaque, o que teria impactado sua atuação profissional e limitado sua participação em reuniões importantes.

    “Como gerente de MKT (marketing) na UH Arts + Culture, por mais de um ano, suportei críticas bizarras sobre meu ‘forte’ sotaque brasileiro, incluindo trabalhar meu sotaque como condição para confirmar minha nomeação”, escreveu a brasileira no LinkedIn. Elaine foi aos tribunais argumentando que, ao longo de 13 meses, sua chefe fez comentários depreciativos sobre sua postura, cultura e sotaque brasileiro.

    De acordo com a reportagem, em 2021, o tribunal de primeira instância rejeitou as acusações, argumentando que os comentários sobre seu sotaque não estavam relacionados à raça. No entanto, o juiz James Tayler, do Tribunal de Apelações, considerou que houve erros nessa decisão. Com isso, Elaine venceu uma batalha legal para que parte de seu caso seja reavaliado.

    Tayler destacou que, embora as declarações dos gestores de Carozzi não tivessem sido motivadas por preconceito racial, ainda poderiam estar conectadas à sua origem e, portanto, poderiam violar sua dignidade. Ele ordenou que partes do caso fossem reexaminadas por um novo tribunal. “Todo mundo tem dificuldades com sotaques diferentes às vezes. Eu tenho – isso é uma parte normal da comunicação humana.

    No entanto, há uma diferença crucial entre desafios naturais de comunicação e comportamento discriminatório”, disse Elaine nas redes sociais. Em comunicado ao Telegraph, a Universidade de Hertfordshire afirmou que não foram constatadas práticas discriminatórias relacionadas ao caso. “Estamos comprometidos em criar um ambiente diverso, inclusivo e acolhedor para nossa comunidade global”, declarou um porta-voz da instituição.

    Com informações do Estadão Conteúdo
    Publicado por Fernando Dias

    Fonte: Jovem Pan News

    Últimas

    Motorista embriagado é preso após tentar fugir com 3 crianças em carro

    Perseguição de alto risco terminou com a interceptação da caminhonete em base da PRF,...

    Caminhonete capota com 600 kg de droga e 145 munições na fronteira

    Veículo clonado foi abandonado em milharal; outro carro carregado com maconha capotou no mesmo...

    PF apreende armas, caminhonetes de luxo e jet sky em ação contra traficantes

    Ação mira organização criminosa na fronteira de MS com o Paraguai e bloqueia...

    Ministros vêm a MS anunciar obras de ampliação de aeroportos

    Silvio Costa Filho e Simone Tebet participam de cerimônia que marca início da ampliação...

    Relacionado

    Israel nomeia novo comandante militar no país

    Eyal Zamir substitui o tenente-general Herzi Halevi, que renunciou após reconhecer falhas das Forças Armadas na guerra

    Macron critica tarifas dos EUA e fala em reciprocidade

    Embora tenha se reunido com o Trump, o presidente da França demonstrou ceticismo em relação à capacidade da União Europeia de evitar tarifas

    EUA negociam direto com Hamas para libertação de reféns e quebram tradição

    Atualmente, cerca de 24 pessoas, incluindo um cidadão americano, permanecem em cativeiro na Faixa de Gaza