Investimento de R$ 490 mil atenderá demanda urgente de água em comunidades indígenas
O governo de Mato Grosso do Sul assinou nesta quarta-feira (4) um contrato para a perfuração de dois poços artesianos na Reserva Indígena de Dourados, a maior do Estado, com aproximadamente 20 mil habitantes. A medida surge após manifestações que bloquearam a rodovia MS-156 e o anel viário de Dourados por quatro dias, pressionando por uma solução para o abastecimento de água.
Investimento e parcerias
O contrato, publicado no Diário Oficial do Estado, prevê um investimento de R$ 490 mil, com R$ 240 mil provenientes do governo estadual e R$ 250 mil de emenda parlamentar do deputado federal Vander Loubet (PT). A execução será feita em parceria entre a Secretaria Estadual de Cidadania, o Dsei (Distrito Sanitário Especial Indígena) e o IDS (Instituto de Desenvolvimento Sustentável).
Os dois poços serão perfurados nas aldeias Bororó e Jaguapiru. Enquanto as obras não são concluídas, a comunidade está sendo atendida por caminhões-pipa.
Conflitos e acordo
Os protestos na reserva resultaram em confronto entre manifestantes e o Batalhão de Choque da Polícia Militar, deixando feridos de ambos os lados, incluindo duas mulheres indígenas que precisaram de hospitalização. O bloqueio foi encerrado na última quinta-feira (28) após um acordo mediado pelo MPF (Ministério Público Federal).
Como parte do entendimento, além dos dois poços iniciais, o governo federal se comprometeu a investir R$ 2 milhões para a perfuração de outros quatro poços, cujas localizações serão definidas após estudos técnicos em andamento.
Prazos definidos
O acordo estabelece que a licitação dos quatro novos poços será concluída até o fim de dezembro de 2024, com início das obras previsto para janeiro de 2025. A medida busca garantir o acesso à água potável para as comunidades, respondendo às demandas históricas por infraestrutura básica na região.