A Polícia Federal cumpriu 10 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Eleitoral, para investigações que apuram suposta corrupção eleitoral consistente em compra de votos nas eleições municipais de 2024, no Município de Navirai.
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A operação é desdobramento das investigações iniciadas no dia anterior às eleições e deflagrada na semana seguinte, que demonstrou indícios da existência de um esquema de compra de votos por meio de abastecimentos de combustível em nome de um clube esportivo e.
“Com o avanço das investigações, os policiais identificaram outros intermediadores do esquema criminoso, que envolvia não apenas o fornecimento de combustíveis, que representou um aumento de mais de 1.000% em relação à média de gastos normais do clube de futebol, mas também atuação logística no transporte de eleitores no dia das eleições, o fornecimento de falsos atestados médicos e benefícios em dinheiro para eleitores e intermediadores”, diz a nota da Polícia Federal.
A Polícia Federal ressaltou que a captação ilícita de sufrágio compromete gravemente o processo democrático, pois subverte a igualdade de participação dos candidatos e mina a legitimidade das eleições. Além disso, favorece interesses privados em detrimento do bem coletivo, perpetuando desigualdades e corroendo a confiança pública nas instituições.
O caso
No dia 9 de outubro, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca após denúncia de compra de voto do vereador eleito, Brendo Caique Barbosa dos Santos (PSDB), bem como do seu pai, Cícero dos Santos.
Segundo a denúncia, eleitores teriam recebido vantagem patrimonial (combustível) para obtenção de votos na eleição de domingo. Brendo foi o quarto mais votado, com 797 votos.
A PF relatou que em duas oportunidades chegou a faltar combustível para as viaturas da polícia abastecer. Segundo a denúncia, os envolvidos utilizaram a conta do Clube Esportivo Naviraiense.
A polícia observou que em agosto de 2024 o posto de gasolina emitiu 28 notas para o clube. Já em setembro de 2024, em menos de seis dias, foram emitidas 350 notas fiscais.
Algumas notas identificadas pela polícia constavam anotações de que os abastecimentos tinham sido autorizadas por Cicinho ou Brendo, pai e candidato, respectivamente.
Fonte: Investiga MS