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    González Urrutia diz que ‘homens encapuzados’ levaram seu genro às vésperas da posse de Maduro

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    A família e uma das filhas do opositor de Nicólas Maduro ficaram na Venezuela quando ele decidiu pedir asilo na Espanha, onde mora sua outra filha; ele está nos EUA onde busca apoio à sua reivindicação pelo poder

    Edmundo González Urrutia denunciou que “homens encapuzados” levaram, nesta terça-feira (7), seu genro, em Caracas, a três dias da posse do presidente Nicolás Maduro. As autoridades ainda não fizeram declarações sobre o ocorrido. O opositor está em Washington, onde tenta reunir apoio à sua reivindicação pelo poder na Venezuela. González denuncia como fraude a reeleição de Maduro para um terceiro mandato consecutivo de seis anos e reivindica a vitória nas eleições de 28 de julho. A família e uma das filhas de Urrutia ficaram na Venezuela quando ele decidiu pedir asilo na Espanha, onde mora sua outra filha.

    Maduro pretende tomar posse nesta sexta-feira (10) perante o Parlamento, controlado pelo chavismo. A oposição convocou para a quinta-feira protestos em todo o país, que a líder opositora María Corina Machado, na clandestinidade, prometeu liderar. “Nesta manhã, meu genro Rafael Tudares foi sequestrado”, escreveu González na rede X. “Rafael ia para a escola dos meus netos deixá-los para o início das aulas, quando homens encapuzados e vestidos de preto o interceptaram, colocaram-no em uma caminhonete […], e o levaram embora. Até agora está desaparecido”, acrescentou o diplomata de 75 anos.

    González está em Washington desde o domingo, após passar pela Argentina e Uruguai, as duas primeiras escalas de um giro internacional, realizado uma semana antes da posse presidencial na Venezuela, em 10 de janeiro. Ele se reuniu na segunda-feira (6) com o presidente Joe Biden, cujo governo o reconhece como “presidente eleito”.

    Durante o encontro, os dois conversaram sobre “seus esforços compartilhados para restaurar a democracia na Venezuela”, segundo um comunicado. “A transição na Venezuela ocorrerá durante os últimos dias da administração Biden”, disse González, de acordo com uma nota da oposição venezuelana, a duas semanas da volta de Donald Trump à Casa Branca.

    Ele também falou com Mike Waltz, escolhido por Trump como futuro assessor de segurança da Casa Branca, assim como congressistas. A viagem internacional do opositor inclui escalas em Panamá e República Dominicana. Dali, nove ex-presidentes de direita, membros da Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas (Grupo IDEA), buscam coordenar um voo que os leve à Venezuela.

    “Não está garantido ainda”, disse o dirigente venezuelano a jornalistas na capital americana. “Vou esperá-los no aeroporto”, ironizou o ministro do Interior, Diosdado Cabello. “Vão invadir a Venezuela? Vão nos assustar com isso? (…) Se puserem um pé na Venezuela, serão detidos e postos à disposição da justiça”.

    O presidente do Parlamento, Jorge Rodríguez, alertou, por sua vez, que serão tratados como “invasores” se entrarem sem permissão na Venezuela. Um antecedente: autoridades venezuelanas impediram a decolagem de um avião da Cidade do Panamá rumo a Caracas, que tinha entre os passageiros ex-presidentes do grupo IDEA, que queriam ir à Venezuela observar as eleições presidenciais de julho.

    Machado disse que não está prevista uma posse paralela de González Urrutia fora do país. “Edmundo González será empossado no dia correspondente na Venezuela”, disse ela em entrevista à AFP na segunda-feira. O governo Maduro “está com os dias contados porque essa tirania vai sair e a Venezuela vai ser livre”, reiterou, nesta terça, por videoconferência. “Eu não posso garantir o dia ou a hora, pode ser antes, durante ou depois do 10 de janeiro, mas vai acontecer”. Machado, que fez sua última aparição pública em 28 de agosto, tem previsto participar da mobilização em Caracas, cujo trajeto ainda não foi divulgado.

    “É o momento de reivindicar o 28”, disse. “Conseguimos que todos os olhos do mundo estejam postos no que corresponde, que é a verdade, a soberania popular, o povo unido, e não em uma farsa”. O chavismo convocou uma manifestação em paralelo na capital e outra na sexta-feira para acompanhar a posse de Maduro. “Tudo vai ficar na santa paz”, advertiu Cabello. “Mas fascistas, terroristas, se vocês se atreverem (a invadir o ato de posse), vão se arrepender por toda a sua vida”.

    *Reportagem produzida com auxílio de IA e informações da AFP

    Publicado por Carol Santos

    Fonte: Jovem Pan News

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