Estado ficou em sexto lugar no ranking nacional de resgates, com destaque para ações em propriedades rurais
Em 2024, Mato Grosso do Sul foi o sexto estado brasileiro com mais trabalhadores resgatados de condições análogas à escravidão, totalizando 105 pessoas. O estado se destaca no combate ao trabalho escravo, com a realização de várias operações fiscais e resgates de vítimas em propriedades rurais.
O ranking nacional é liderado por Minas Gerais, com 500 resgates, seguido por São Paulo (476), Bahia (198), Goiás (155) e Pernambuco (137). Entre os resgates mais notáveis realizados em MS, estão os casos de uma fazenda em Aparecida do Taboado, onde 20 trabalhadores, incluindo um adolescente, foram resgatados em janeiro, e o resgate de quatro trabalhadores estrangeiros em Corumbá, no mês de agosto.
Em agosto de 2024, nove trabalhadores paraguaios foram resgatados em uma carvoaria em Aquidauana, durante uma operação conjunta entre o MPT-MS e a Polícia Militar. Na operação, foi identificada a prática do “truck system”, em que os trabalhadores eram forçados a pagar dívidas ilegais, incluindo custos absurdos por alimentos, além de serem traficados de seu país de origem.
No total, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) realizou 1.035 ações fiscais em 2024, resgatando 2.004 trabalhadores em todo o país. O MTE também assegurou o pagamento de R$ 7,06 milhões em verbas trabalhistas e rescisórias.
A política de combate ao trabalho escravo continua a ser uma prioridade no Brasil, com um aumento significativo de resgates nas áreas urbanas e ações específicas para trabalhadores domésticos e mulheres. Desde 1995, o país resgatou 65.598 trabalhadores em 8.483 ações fiscais.