Lideranças do partido em MS defendem união como alternativa para manter relevância nas eleições de 2026
O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, esteve nesta quinta-feira (13) na sede do governo de Mato Grosso do Sul para discutir o futuro do partido com deputados estaduais e federais da sigla, além do governador Eduardo Riedel e do presidente estadual Reinaldo Azambuja. Diante da ameaça de se tornar um partido nanico, os tucanos avaliam uma fusão com outras legendas, com o PSD despontando como principal opção.
Antes do encontro em Campo Grande, Perillo divulgou uma nota garantindo que “o PSDB não vai desaparecer”. No entanto, o texto também deixou claro que a direção nacional busca alternativas para superar a cláusula de desempenho mais rígida que entrará em vigor em 2026, o que inclui alianças estratégicas e a formação de chapas competitivas para eleições futuras.
Após reunião a portas fechadas na Governadoria, os representantes do partido em Mato Grosso do Sul reforçaram a necessidade de uma fusão para garantir a sobrevivência da legenda. “O partido vai partir para uma fusão ou não vai sobreviver”, declarou o deputado federal Beto Pereira. Já Dagoberto Nogueira apontou que a falta de definição tem gerado insatisfação entre os parlamentares.
“Acho que a saída é garantir tempo de TV e construir alianças. Tem que decidir logo, pois o PSDB só existe de fato em MS”, disse Dagoberto, destacando que o Estado é um dos poucos redutos da sigla, que ainda possui grande número de prefeituras.
As discussões seguiram durante um almoço no Parque do Prosa. Marconi Perillo, Eduardo Riedel e Reinaldo Azambuja não deram declarações à imprensa, mas, segundo informações do Campo Grande News, os presidentes nacional e estadual do PSDB viajarão a São Paulo para avançar nas tratativas sobre a fusão.
Para o deputado Jamilson Name, a tendência é que a união ocorra com o PSD, partido presidido por Gilberto Kassab. “Aqui em MS está bem encaminhado para o PSD. Acho que todo mundo vê isso com bons olhos. O Republicanos também seria uma possibilidade”, afirmou.
Atualmente, o PSDB conta com apenas 13 deputados federais e 3 senadores, um reflexo dos fracos desempenhos eleitorais dos últimos anos. A decisão final sobre a fusão deve ocorrer até março.