‘Não é porque estamos na Presidência da República que não temos luta’, declarou a presidente do partido em evento de comemoração de 45
Gleisi Hoffmann, líder do PT, classificou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Jair Bolsonaro (PL) como um “grande presente” para o partido, durante a comemoração dos 45 anos da legenda. A acusação, que envolve Bolsonaro e mais 33 indivíduos por suposta participação em um esquema golpista, foi encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF) e será analisada pela Primeira Turma. “Não é porque estamos na Presidência da República que não temos luta. Comemoramos o aniversário do PT com um grande presente: a denúncia da PGR contra Bolsonaro. E essa denúncia tem uma data, 2021, quando o Lula foi inocentado. É nessa data que começam os ataques à democracia. Bolsonaro sabia que seria difícil derrotar Lula. Foi um processo longo”.
A presidente do PT enfatizou a relevância do devido processo legal para os acusados, mas ressaltou que eles devem ser responsabilizados por suas ações que ameaçam a democracia. “O Alexandre (de Moraes, ministro do STF) pode ter sido duro, mas ele foi extremamente correto. Eu não vi coação ali, não vi pressão. Ele sendo firme, perguntando, firme para quem estava delatando, dizendo: ‘Você vai dizer a verdade, é isso?’”.
Gleisi também mencionou a baixa popularidade do presidente Lula, conforme apontado por uma pesquisa do Datafolha, atribuindo essa situação a fatores como a crise econômica e a necessidade de Lula priorizar sua saúde. ” Ficam falando sobre a avaliação do governo. Verdade, a pesquisa é ruim mesmo, não dá para tapar o sol com a peneira. É proveniente de uma série de fatores: (da crise) do Pix, (da inflação) dos alimentos e do afastamento de Lula para cuidar da sua saúde” e concluiu “Mas eleições não se ganham de véspera”.
No evento, foram discutidos temas como a participação feminina nas eleições de 2026 e a disputa interna pela sucessão de Gleisi, com Edinho Silva sendo o candidato mais cotado. Gleisi expressou sua preocupação com a postura moderada de Edinho, que advoga por um distensionamento da polarização política, o que poderia levar a uma possível mudança na identidade do partido.
Além disso, o encontro abordou críticas direcionadas a Bolsonaro e a urgência de aprimorar a comunicação do governo. A disputa interna no PT é marcada por diferentes correntes e candidatos, e há uma expectativa de que Lula manifeste seu apoio a Edinho Silva em um futuro próximo.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Fernando Dias
Fonte: Jovem Pan News
