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    Grupo J&F quer dobrar extração de minério em Corumbá com investimento de R$ 4 bilhões

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    Projeto prevê salto de 12 para 25 milhões de toneladas por ano, geração de 4,3 mil empregos e impacto ambiental monitorado

    A LHG Mining, empresa do grupo J&F, protocolou no Imasul o Relatório de Impacto Ambiental (Rima) para expandir sua produção de minério de ferro e manganês em Corumbá. A proposta busca dobrar a capacidade atual, passando de 12 para 25 milhões de toneladas por ano.

    O investimento estimado é de R$ 4 bilhões. A ampliação inclui nova planta de tratamento de minério, correia transportadora, sistema automatizado de carregamento de trem e aumento das áreas de lavra. Além disso, os rejeitos não serão armazenados em barragens, e sim em pilhas — o que reduz o uso de água e elimina riscos de rompimento.

    A produção seguirá por trem até o Terminal Privativo Gregório Curvo e depois em barcaças pelo Rio Paraguai. O governo federal, inclusive, estuda conceder parte da hidrovia à iniciativa privada.

    Durante o pico das obras, o projeto deve empregar 4.300 pessoas entre trabalhadores diretos e indiretos. Para isso, a empresa prevê alojamento para 2.600 operários e uso de 60 ônibus para transporte diário.

    O aumento de circulação afetará o tráfego em vias como BR-262, MS-454, MS-432 e MS-228. Comunidades próximas, como Antônio Maria Coelho e o distrito de Albuquerque, também sentirão os reflexos no cotidiano.

    A mina existe desde 1978 e passou por diferentes donos, como Rio Tinto e Vale. A LHG Mining assumiu a operação em 2022. O novo plano de lavra tem validade prevista entre 2025 e 2036.

    A área da Serraria Santa Cruz, onde está localizada a jazida, fica a 58 km de Corumbá e a 430 km de Campo Grande. A região é rica em minério de ferro e manganês, fundamentais para a indústria do aço e ligas metálicas.

    Em termos ambientais, a empresa estima a remoção de 1.621 hectares de vegetação nativa — cerca de 3,7% da flora da área de estudo. A fauna será resgatada e realocada. Entre os animais mapeados, estão tamanduá-bandeira, queixada, anta e diversas aves.

    Hoje, a mineração gera R$ 4 milhões por ano em CFEM (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais). Com a expansão, o valor pode chegar a R$ 20 milhões anuais, beneficiando diretamente Corumbá e Ladário.

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