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    Mato Grosso do Sul lidera ranking de acessibilidade, mas maioria ainda vive sem rampas próximas

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    Com 41,1% da população urbana atendida, estado tem melhor índice do país, embora mais da metade ainda enfrente barreiras

    Mato Grosso do Sul é o estado com maior percentual de pessoas vivendo em áreas urbanas com rampas para cadeirantes. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (17) pelo IBGE, a partir do Censo Demográfico de 2022. Apesar da liderança no ranking nacional, o índice ainda é considerado baixo: apenas 41,1% dos moradores têm rampas de acessibilidade nas proximidades de casa.

    Ainda assim, o desempenho sul-mato-grossense está bem acima da média brasileira, que é de apenas 15,2%. Em comparação com o levantamento anterior, de 2010, houve um avanço significativo. Naquele ano, apenas 4,8% da população urbana vivia em áreas com esse tipo de infraestrutura.

    Logo atrás de Mato Grosso do Sul aparecem o Paraná (37,3%) e o Distrito Federal (30,4%). Na outra ponta do ranking, os piores índices foram registrados no Amazonas (5,6%), em Pernambuco (6,2%) e no Maranhão (6,4%).

    Os dados fazem parte do estudo “Características Urbanísticas do Entorno dos Domicílios”, que integra o Censo 2022. O levantamento analisou dez aspectos da infraestrutura urbana, entre eles calçadas, pavimentação, bueiros, arborização e acessibilidade para pessoas com deficiência.

    Em Campo Grande, apesar dos avanços, a falta de acessibilidade ainda gera reclamações. Uma matéria recente do Campo Grande News mostrou que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur) fiscalizou, entre janeiro e agosto de 2024, 76 estabelecimentos comerciais e de serviços. Todos já tinham sido notificados por descumprirem as normas de acessibilidade.

    A fiscalização avaliou se os locais cumpriam a Lei Brasileira de Inclusão (LBI), especialmente no que diz respeito ao acesso de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Durante as vistorias, os agentes analisaram rampas, sinalização e demais estruturas que garantem a inclusão.

    Além disso, pontos de ônibus também seguem como alvo de denúncias. Na Vila Carvalho, por exemplo, um ponto localizado na Rua Doutor Pacífico Lopes Siqueira, esquina com a Avenida Fábio Zahra, foi criticado por estar em condições inadequadas. Além do mato alto, o local não possui rampa de acesso, o que impossibilita o embarque de cadeirantes.

    A servidora pública Glaucia Lopes, de 37 anos, compartilhou sua experiência. Ela relatou que, perto de sua casa, o ponto de ônibus mais próximo não tem acessibilidade. “O primeiro ponto que encontro também é inacessível, pois não possui rampa. Isso me obriga a ir até outro ponto ainda mais distante, quase 1 km da minha casa”, afirmou.

    Mesmo com os avanços em Mato Grosso do Sul, o desafio da acessibilidade urbana ainda é grande em todo o Brasil. De acordo com o Censo, 68,8% dos brasileiros que vivem em áreas urbanas — o equivalente a 119,9 milhões de pessoas — não têm rampas para cadeirantes perto de casa. Em 2010, esse número era ainda maior: 146,3 milhões (95,2%).

    Outro dado preocupante do levantamento aponta que apenas 18,8% da população urbana brasileira vive em vias com calçadas livres de obstáculos. O Rio Grande do Sul lidera esse quesito (28,7%), seguido por Mato Grosso (27,4%) e São Paulo (25,5%). Mato Grosso do Sul aparece com 23,4%.

    Por outro lado, a presença de calçadas melhorou de forma expressiva em todo o país. O índice subiu de 66,4% em 2010 para 84% em 2022. Em MS, 84,1% da população urbana vive em áreas com calçadas — dado que mostra evolução, mas também revela que a acessibilidade completa ainda está longe de ser realidade.

    Entre os municípios com mais de 100 mil habitantes, Maringá (PR) é o que mais se destaca: 77,3% da população urbana conta com rampas de acesso. Já Itapevi (SP) registra o pior resultado, com apenas 1,3%.

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