Capataz responderá em liberdade com monitoramento eletrônico por 90 dias e restrições de contato com a família da vítima
A Justiça de Porto Murtinho concedeu liberdade provisória ao capataz Luiz Carlos Alves, que confessou ter matado o cunhado Jean Marcos Costa. O crime ocorreu em uma fazenda da região, no domingo (20), e ele foi preso horas depois, enquanto fugia em direção à cidade de Caracol.
Durante audiência de custódia nesta terça-feira (22), o Ministério Público de Mato Grosso do Sul se manifestou a favor da soltura. A juíza Melyna Machado Mescouto Fialho acatou o pedido e impôs algumas condições. Luiz deverá usar tornozeleira eletrônica por 90 dias, manter distância da esposa e dos filhos da vítima, além de não sair da cidade sem autorização judicial.
Segundo relato do próprio acusado, Jean e a esposa tinham ido até sua casa para almoçar. Durante a visita, os dois homens começaram a beber. Por volta das 15h, Jean foi embora, mas a mulher dele permaneceu no local por mais uma hora. Quando ela voltou para casa, os dois brigaram.
Por volta das 17h30, a mulher retornou à casa de Luiz dizendo que Jean havia sido agressivo. Pouco depois, o cunhado apareceu e passou a xingá-lo de “chifrudo”, questionando onde sua esposa estava. Jean então retornou à própria residência, onde começou a quebrar os móveis.
Logo em seguida, Luiz ouviu Jean gritar que voltaria à sua casa. Ao ver o cunhado se aproximando e insultando sua esposa, ele efetuou um disparo, supostamente para assustá-lo. O silêncio que se seguiu o fez sair da casa, momento em que encontrou Jean caído no chão, já sem vida.
Após o crime, Luiz ligou para o patrão, explicou o que havia ocorrido e afirmou que se entregaria. Em seguida, pegou o carro e partiu para Caracol, mas acabou interceptado por uma equipe da Patrulha Rural da Polícia Militar em uma estrada vicinal.
Agora, ele aguarda o andamento do processo em liberdade, mas com medidas cautelares rigorosas. O caso segue sob investigação.