Polícia flagrou 44 animais feridos em estrutura montada para lutas ilegais no Bairro Tarumã
Um idoso de 63 anos, identificado como Israel Ribeiro de Oliveira, foi multado em R$ 132 mil após ser flagrado organizando rinhas de galos em uma residência no Bairro Tarumã, em Campo Grande. A ocorrência foi registrada no último domingo (18), após denúncia anônima feita pelo telefone 181.
Quando a Polícia Militar Ambiental (PMA) chegou ao local, uma luta entre dois galos estava em andamento dentro de uma arena de alvenaria. A estrutura contava com cadeiras e espaço para o público acompanhar as disputas, deixando claro que o local era usado com frequência para esse tipo de crime. Com a chegada dos policiais, os demais envolvidos fugiram pelos fundos da casa, mas o organizador permaneceu e assumiu a responsabilidade.
Cobrança de ingresso e estrutura irregular
Israel informou aos policiais que cobrava R$ 100 por ingresso, valor que também dava direito ao almoço durante o evento. Ele se recusou a revelar nomes de apostadores ou donos dos animais.
No local, foram apreendidos 44 galos, mantidos em condições degradantes, dentro de gaiolas pequenas, sem água ou alimento, e com ferimentos típicos de combate. Também foram encontrados materiais como seringas, agulhas, tesouras, medicamentos veterinários de uso controlado e esporões artificiais, utilizados para intensificar os ferimentos nas lutas.
Crime ambiental e alerta da PMA
Diante da situação, a PMA lavrou um auto de infração ambiental levando em consideração a gravidade dos maus-tratos e o número de animais envolvidos. O organizador foi autuado por crime ambiental e conduzido à Depac Cepol (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário). Como não havia abrigo adequado para os galos, ele ficou responsável como fiel depositário dos animais.
A PMA reforça que a rinha de galos é crime e caracteriza uma prática cruel, onde os animais são forçados a lutar até a morte, muitas vezes sob efeito de substâncias estimulantes e com o uso de esporões artificiais. A corporação destaca a importância da denúncia anônima pelo telefone 181 para combater esse tipo de violência.