Projeto do ICAS é o único representante da América Latina e busca apoio popular para vencer premiação francesa.
O Programa de Conservação do Tatu-Canastra, criado pelo ICAS (Instituto de Conservação de Animais Silvestres), está entre os seis finalistas do Prêmio Beauval Nature 2025. Esta premiação é concedida pela associação francesa que apoia iniciativas de conservação ao redor do mundo, e o ICAS será o único representante da América Latina.
Organização sem fins lucrativos, o ICAS atua em diversos biomas brasileiros, incluindo o Pantanal, Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica, com especial destaque para ações no Mato Grosso do Sul. O instituto divulgou a notícia em suas redes sociais e pediu o apoio do público, já que a escolha do vencedor será por voto popular.
O programa iniciou em 2010 o primeiro estudo ecológico de longo prazo do tatu-canastra no Pantanal, em Miranda. Desde então, ampliou sua atuação com pesquisas em ecologia, saúde, genética e no papel ecológico da espécie. Também promove educação ambiental, formulação de políticas públicas e capacitação profissional.
O relatório de 2024 revelou um marco importante: em determinado momento do ano passado, o programa conseguiu monitorar simultaneamente oito indivíduos, o maior número já registrado. Entre eles, está Ben (TC10), capturado pela primeira vez há 11 anos, que é filho de Isabelle (TC-04) e pai de Selma, fêmea acompanhada por câmeras. Essa descoberta trouxe novas informações sobre a dispersão do tatu-canastra.
Além disso, o projeto realizou 10 expedições no Pantanal, instalou colares de GPS em alguns animais e mantém uma rede de 65 armadilhas fotográficas para monitoramento.
Para 2025, o ICAS planeja focar as capturas em fêmeas adultas para aprofundar o estudo sobre reprodução e iniciar atividades de educação ambiental em três escolas rurais do Pantanal.
Para votar no projeto, basta acessar: https://dift.com/en/give/beauval-nature