Recursos são liberados em ritmo lento e sindicato critica gargalos logísticos que travam o escoamento
Quase um ano depois da assinatura do contrato de crédito de R$ 2,3 bilhões entre o BNDES e o Governo de Mato Grosso do Sul, o Estado recebeu efetivamente apenas R$ 137,8 milhões, o que representa 5,96% do total. O dinheiro faz parte do PAC e é destinado a ampliar e restaurar a malha rodoviária estadual, integrando cadeias produtivas e fortalecendo a economia local.
A meta é implantar 430 km de novas rodovias e restaurar outros 570 km em até 36 meses. Até agora, os recursos beneficiaram principalmente obras na MS-347 e MS-276. Apesar de o BNDES afirmar que os próximos lotes dependem da documentação apresentada pelo Estado, o presidente do Setlog-MS, Claudio Cavol, criticou o atraso e apontou que a crise fiscal federal impacta diretamente o andamento das obras.
O secretário de Infraestrutura, Guilherme Alcântara de Carvalho, garante que o cronograma está dentro do previsto e que novas liberações acontecerão de forma escalonada, conforme o avanço físico-financeiro dos projetos. Segundo ele, o governo já contratou mais de R$ 500 milhões em obras e novas licitações somam outros R$ 563 milhões.
Para o setor de transporte, porém, as obras federais seguem lentas. Cavol destaca que a BR-419, por exemplo, essencial para ligar o interior à Rota Bioceânica, não está nem na metade do prometido. “Precisamos de obras prontas para garantir competitividade à produção agropecuária”, reforça o sindicalista.
Fonte: Campo Grande News


