Agente da Polícia Nacional e dois sargentos do Exército foram presos na Operação Barret
Escutas telefônicas autorizadas pela Justiça do Paraguai revelaram o envolvimento direto de um policial e dois sargentos do Exército com o cartel liderado pelo narcotraficante Felipe Santiago Acosta Riveros, o “Macho”, de 42 anos.
O policial Germán Lezcano Ojeda, 40, foi preso em Yby Pitá, enquanto os sargentos e irmãos Jorge Daniel Villalba González, 30, e Rodney Villalba González, 34, foram capturados no quartel da 3ª Divisão de Cavalaria do Exército, em Curuguaty, a 80 km de Paranhos (MS). A ação faz parte da Operação Barret, desencadeada pelo Departamento Contra o Crime Organizado e o Ministério Público paraguaio.
De acordo com a investigação, Lezcano atuava como “olhos e ouvidos” de Felipe Acosta na região, avisando o bando sobre movimentações suspeitas e até escoltando cargas de drogas usando viatura oficial. Já os militares vendiam carregadores e munições, chegando a negociar lotes de até 600 cartuchos para fuzis.
Além deles, foram presos Alexandro dos Reis Acosta, 24, dono de um comércio que abastecia o cartel com armas, veículos e dinheiro, e o mecânico José Ignacio Rodríguez Ramírez, 33, o “Yanki”, que fazia reparos nos veículos da quadrilha.
Três alvos seguem foragidos: Nelson David Maylín Haedo, apontado como “número 2” do cartel, Magda Ayala Sosa, namorada de um membro preso em março, e Milcíades Quiñónez Arguello, indígena responsável pelo cultivo da maconha. O chefe do bando, “Macho”, também permanece foragido e é considerado o criminoso mais procurado do Paraguai.


