Estudo detalha desafios e propõe ações para impulsionar produção com sustentabilidade e geração de renda
A Semadesc (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) deu mais um passo para consolidar o Plano de Fortalecimento das Cadeias Pecuárias do Pantanal. O estudo encomendado pela pasta traça um diagnóstico amplo para orientar estratégias de desenvolvimento sustentável, geração de renda e valorização dos produtos regionais.
O levantamento detalhou indicadores de produtividade, condições dos imóveis e programas de incentivo em 11 sub-regiões do Pantanal, que corresponde a 27% do território estadual e responde por 6,8% do PIB de Mato Grosso do Sul.
Entre as ações propostas estão criação de selos de origem, ampliação da rastreabilidade do couro, incentivo à exportação com mais frigoríficos habilitados e pagamento por serviços ambientais. O foco principal é a bovinocultura, atividade centenária na região, que hoje soma 4,2 milhões de cabeças, o equivalente a 22,7% do rebanho estadual, movimentando mais de R$ 5 bilhões por ano.
O secretário Jaime Verruck explicou que o diagnóstico será a base para decisões estratégicas, fortalecendo também cadeias como ovinos, equinos, jacarés, peixes e abelhas. “Com esse levantamento, temos suporte técnico para ações como o PSA (Pagamento por Serviços Ambientais) do Pacto do Pantanal, equilibrando produção e preservação”, afirmou.
Entre as ações específicas estão o combate à informalidade na ovinocultura, protocolos de produção sustentável, assistência técnica para apicultores e investimentos em genética para piscicultura, respeitando as restrições ambientais.
Outro ponto importante é o investimento em logística, com melhorias em aterros, portos fluviais e estradas, além da modernização das inspeções sanitárias.
Segundo Verruck, hoje 45% dos abates já seguem programas estaduais como o Precoce MS e a Pecuária Sustentável, o que demonstra que a aliança entre produção e conservação está avançando no Pantanal.


