Com três aviões e 56 viaturas, operação prevê cenário menos severo, mas reforça prevenção na estação seca
Em 2025, o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul já capacitou 700 brigadistas para atuarem no combate aos incêndios florestais em todo o Estado. A estrutura montada para a temporada de seca ainda conta com três aeronaves para lançamentos de água, além de 56 viaturas entre veículos de quatro rodas, embarcações e aviões.
Apesar de o planejamento inicial considerar um ano tão desafiador quanto 2020 e 2024, as condições climáticas apontam para um cenário menos crítico, semelhante a 2023. As chuvas tardias ajudaram a elevar o nível do Rio Paraguai e retardaram o início da estação seca, o que reduziu os primeiros focos de calor.
De acordo com a corporação, o foco no momento é a prevenção proativa, com treinamentos de brigadistas em todas as regiões, principalmente em áreas sem base militar fixa. Para a Operação Pantanal, a estrutura inclui 11 bases avançadas e 32 equipes em campo, reunindo cerca de 177 bombeiros militares — número que pode ser reforçado por mais 300 bombeiros das áreas urbanas, caso necessário.
Até junho deste ano, foram realizadas 106 ações de combate a incêndios, 99 delas em Campo Grande e sete no interior. Também foram monitorados 210 eventos de fogo, mas sem registros de grandes incêndios no Pantanal, em áreas indígenas ou no Cerrado em 2025.
Segundo o Cicoe (Centro Integrado de Coordenação Estadual) da Semadesc, o primeiro semestre de 2024 já havia mostrado queda expressiva: a área queimada no Pantanal diminuiu 92,8% em relação ao mesmo período de 2023, passando de 595.728 hectares para 42.840 hectares, enquanto os focos de calor caíram 98,2%, de 2.753 para 50.
Com um orçamento de R$ 34,8 milhões, o Corpo de Bombeiros segue articulando com prefeituras a capacitação de novas equipes de brigadistas e reforçando ações de prevenção para os meses mais críticos, que são julho e agosto.


