LOA, gestão fiscal e temas polêmicos devem marcar retorno dos trabalhos em agosto
A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul realizou nesta terça-feira (16) a última sessão do semestre e o presidente da Casa, Gerson Claro (PP), fez um balanço positivo do período. Foram 182 novos projetos, 77 aprovados, 57 rejeitados e 167 seguem em tramitação. Mesmo com embates ideológicos e debates “fervorosos”, Claro destacou que o clima não afetou a produtividade do Legislativo.
Entre os temas de destaque, ele citou discussões sobre a concessão da BR-163, a possível terceirização da gestão do Hospital Regional de Campo Grande e leis de proteção a mulheres vítimas de violência, como o auxílio financeiro para recomeço após relacionamentos abusivos.
Na volta do recesso, Claro acredita que os deputados terão pela frente temas pesados, como o projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) e ajustes na gestão fiscal do Estado. O governador Eduardo Riedel já sinalizou a necessidade de cortes de gastos para equilibrar as contas, principalmente após a queda na arrecadação do ICMS por conta da redução do gás boliviano.
“Temos que olhar para a questão fiscal para manter o Estado entre os que mais investem no país”, avaliou o presidente. Temas ambientais também devem aquecer o plenário, como o projeto que restringe a pesca, de autoria de Neno Razuk (PL), que segue sem consenso.
Claro também projeta que o tom suba ainda mais com a proximidade das eleições de 2026. “É natural que temas partidários e embates ideológicos fiquem mais fortes, mas esperamos manter o equilíbrio e o ritmo de votações”, concluiu.


