Valores foram definidos por impactos da fábrica de celulose e linha de transmissão em Inocência e Selvíria
A Arauco, empresa que está construindo uma fábrica de celulose em Inocência, firmou dois termos de compromisso com o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) para o pagamento de R$ 22.997.992,07 em compensações ambientais.
O principal valor, de R$ 21.921.155,67, está relacionado à atividade de fabricação de celulose da linha 1 da planta industrial, que terá capacidade para produzir até 3,8 milhões de toneladas por ano. O cálculo foi baseado em Estudo de Impacto Ambiental e utilizou como referência o valor de R$ 2,5 bilhões, com grau de impacto de 0,873%.
Já o segundo termo envolve a linha de transmissão de energia elétrica com tensão superior a 138 kV, que atravessa os municípios de Inocência e Selvíria. A compensação nesse caso será de R$ 1.076.836,40, considerando um impacto de 0,690% sobre um valor de referência de R$ 156 milhões.
Ambos os termos têm validade de 48 meses e os recursos deverão ser investidos em unidades de conservação ambiental. Os compromissos foram publicados no Diário Oficial do Estado.
A pedra fundamental da fábrica foi lançada em abril deste ano, com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin. A planta está sendo construída às margens do Rio Sucuriú, na divisa entre Inocência e Três Lagoas, e será abastecida por 400 mil hectares de eucalipto plantados por meio de contratos com produtores locais.
Durante as obras, a expectativa é de criação de 14 mil empregos diretos e indiretos. Após a conclusão, a operação da fábrica deve gerar cerca de 6 mil postos de trabalho. A movimentação já impacta positivamente o mercado de trabalho local: em 2022, Inocência registrou saldo negativo de empregos, enquanto em 2023 o saldo foi de 1.525 novas vagas, impulsionado principalmente pelo setor de serviços.


