Ônibus terceirizados não circularam por falta de pagamento, e alunos ficaram sem acesso às aulas no início do segundo semestre
O retorno às aulas na rede municipal de ensino de Campo Grande, ocorrido na última segunda-feira (4), foi marcado por dificuldades para alunos da zona rural, especialmente os que dependem do transporte escolar terceirizado. Na Escola Municipal Agrícola Governador Arnaldo Estevão de Figueiredo, localizada na rodovia MS-040, os ônibus não circularam devido à falta de pagamento aos prestadores de serviço.
Um dos estudantes afetados, de 16 anos, relatou que não conseguiu comparecer à escola por depender exclusivamente do transporte escolar. Por se tratar de um menor de idade, sua identidade foi preservada.
“Eu não pude ir à escola, pois dependo do transporte escolar, e a minha linha é feita por um motorista terceirizado”, explicou o estudante.
Pais e alunos foram informados em cima da hora
Segundo o relato, o aviso de que os ônibus não iriam rodar foi enviado na noite de domingo (3), poucas horas antes do retorno das aulas. A expectativa de que o problema fosse resolvido rapidamente se desfez quando, na noite de segunda-feira, uma nova mensagem foi enviada, informando que o transporte continuaria suspenso na terça-feira (5).
“Não disseram quando o transporte voltaria. Como os comunicados foram feitos de última hora, pensamos que tudo voltaria ao normal. Mas na segunda à noite avisaram novamente que não teria aula por conta dos ônibus”, contou o jovem.
Prefeitura garante que calendário será mantido
Por meio de nota oficial, a Prefeitura de Campo Grande afirmou que está acompanhando o caso de perto. Além disso, informou que já adotou as medidas legais para regularizar o serviço de transporte escolar o quanto antes.
Apesar da situação, a administração municipal garantiu que os 200 dias letivos e as 800 horas/aula previstas no calendário escolar serão integralmente cumpridos. Dessa forma, os alunos não terão prejuízo no processo de aprendizagem.


