Projeto “União e Reconstrução” destina 718 hectares para 80 famílias; reforma estava paralisada desde 2013
Após 12 anos de paralisação, a reforma agrária voltou a avançar em Mato Grosso do Sul. O Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) aprovou a criação do projeto “União e Reconstrução” em Cassilândia, cidade localizada a 419 km de Campo Grande. A área destinada ao novo assentamento tem 718,76 hectares e beneficiará 80 famílias.
A portaria do Incra, publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (7), declarou a gleba Água Limpa como área de interesse social para fins de criação do assentamento. Trata-se de terra devoluta, que agora poderá ser utilizada para a reforma agrária.
A área de Cassilândia faz fronteira com os municípios de Paranaíba, Inocência, Chapadão do Sul e também com Aporé e Itajá, no estado de Goiás. A superintendência regional do Incra em Mato Grosso do Sul recebeu autorização para iniciar o processo de seleção das famílias beneficiadas.
Desde 2013, a reforma agrária em Mato Grosso do Sul estava paralisada. Atualmente, cerca de 15 mil famílias aguardam na fila para receber assentamentos. O estado possui 82 acampamentos em 28 municípios, sendo Sidrolândia a cidade com maior número deles, totalizando 14.
Campo Grande lidera no número de famílias acampadas, com aproximadamente 2.004 pessoas ligadas a diversos movimentos sociais. O maior acampamento organizado por um único grupo é o Alexandre Sabala, do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), localizado em Ponta Porã, e abriga mais de mil pessoas.


