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    Dívidas do agro em MS somam R$ 1,2 bi e recuperações judiciais dobraram em 2025

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    O setor do agronegócio de Mato Grosso do Sul carrega dívidas de R$ 1,2 bilhão do último trimestre. Em suma, a combinação de safras frustradas, custos altos e Selic elevada fez com que os pedidos de recuperação judicial praticamente dobrassem neste ano.

    Os produtores rurais de Mato Grosso do Sul iniciaram 2025 no vermelho. Eles carregam dívidas de R$ 1,235 bilhão do último trimestre do ano passado. Nesse cenário, os pedidos de recuperação judicial praticamente dobraram, segundo dados da Serasa Experian.

    Os dados mostram que os agricultores cada vez mais recorrem às recuperações judiciais. A combinação de safras frustradas por crises climáticas, aumento nos custos de fertilizantes e a manutenção da Selic em patamar elevado contribui para a situação.

    De janeiro a março, os produtores rurais de Mato Grosso do Sul protocolaram 25 pedidos de recuperação judicial. O número se compara a 14 no mesmo período de 2024. Do total deste ano, por exemplo, nove vieram de produtores pessoa jurídica e 12 de pessoa física.

    Segundo o Boletim Agro Serasa Experian, a dívida dos agricultores sul-mato-grossenses cresceu 74,6% no último trimestre de 2024. O relatório mostra que o aumento se espalhou pela maioria dos estados. O Centro-Oeste, por sua vez, liderou em CPFs negativados, somando dívidas de R$ 10 bilhões.

    Inadimplência

    A inadimplência no agronegócio de Mato Grosso do Sul, que considera atrasos acima de 180 dias, atingiu 7,1%. Esse valor é abaixo da média nacional de 7,6%. O estado registrou a menor taxa da região Centro-Oeste.

    Para Marcelo Pimenta, da Serasa Experian, o aumento dos pedidos de recuperação judicial reflete “um momento financeiro mais desafiador”. Ele explica que “muitos produtores enfrentam custos altos, prazos longos para receber, maior exigência de garantias e dificuldades na rolagem de dívidas”.

    A Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) reconhece as dificuldades. De acordo com a entidade, a falta de chuvas em momentos cruciais das lavouras “afetou fortemente” a produtividade nas últimas três safras. A guerra entre Rússia e Ucrânia elevou os custos de insumos e fertilizantes. A alta da Selic, além disso, encareceu o crédito rural. “Juntos, esses três fatores têm grande influência no aumento de inadimplência no setor do agro”, afirmou a federação.

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