spot_img
Sexta-feira, 19 Dezembro, 2025
More
    InícioMato Grosso do SulOperação Carbono Oculto revela distribuidora ligada ao PCC com filial fantasma em...

    Operação Carbono Oculto revela distribuidora ligada ao PCC com filial fantasma em MS

    Publicado há

    spot_img

    Em Iguatemi, uma empresa inativa em 2020 saltou para movimentar R$ 2,79 bilhões em um ano. A Polícia Federal aponta que o crescimento está ligado a traficantes de drogas e à lavagem de dinheiro do crime organizado. Os principais líderes do esquema estão foragidos.

    A Operação Carbono Oculto identificou um aumento suspeito no faturamento da Duvale Distribuidora de Petróleo e Álcool, em Iguatemi, Mato Grosso do Sul. A empresa, que estava inativa em 2020, movimentou R$ 2,79 bilhões em 2021. O caso, com efeito, chamou a atenção das autoridades e ampliou as investigações sobre a infiltração do PCC (Primeiro Comando da Capital) no setor de combustíveis.

    De acordo com a Polícia Federal, o crescimento extraordinário da empresa está ligado à entrada de Daniel Dias Lopes, condenado por tráfico internacional de drogas. Além disso, a empresa recebeu o aporte financeiro de Mohamad Hussein, o “Primo”, e Roberto Lemos, o “Beto Louco”, apontados como líderes de um esquema de lavagem de dinheiro. A Justiça decretou a prisão dos três na semana passada, e eles seguem foragidos. A Interpol, por sua vez, já os incluiu na lista vermelha.

    A distribuidora, fundada em 1988, começou a movimentar valores altíssimos. Por isso, o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) emitiu nove relatórios de inteligência financeira. Um deles aponta mais de 24 mil depósitos em dinheiro fracionado, totalizando R$ 31,7 milhões.

    O crescimento da empresa possibilitou a abertura de filiais em Porto Velho (RO), Iguatemi (MS) e Feira de Santana (BA). No entanto, vistorias da PF nesses endereços não localizaram nenhuma operação em funcionamento. “Todo esse volume de recursos não tinha lastro fiscal e vinha do tráfico internacional de drogas”, afirma o relatório.

    A Operação Carbono Oculto mobilizou 1,4 mil agentes para cumprir 315 mandados em oito estados, incluindo Mato Grosso do Sul, onde o esquema envolveu empresas em Dourados e sete em Iguatemi. As investigações apontam que o dinheiro de origem ilícita foi inserido em fintechs e fundos de investimento, o que dificultou o rastreamento e deu aparência de legalidade às operações.

    A PF, a Receita Federal e o Ministério Público de São Paulo reforçam que a atuação conjunta entre os órgãos é essencial para combater o pilar financeiro do crime organizado. O uso de fintechs e fundos imobiliários pelo PCC, por sua vez, representa uma mudança no perfil da lavagem de dinheiro, que agora se integra ao mercado financeiro formal.

    Últimas

    Governo Riedel anuncia convocação imediata de novos professores

    Governador autoriza chamamento de 28 aprovados para a Rede Estadual de Ensino e agenda...

    MS investe R$ 11,5 milhões em vigilância sanitária e registra queda nos casos de dengue

    Governador Eduardo Riedel entrega veículos para controle de endemias; Mato Grosso do Sul atinge...

    Aprovados do TJMS denunciam preterição após criação de 460 novos cargos

    Candidatos da área administrativa alegam falta de nomeações e desvio de função, enquanto Tribunal...

    Verão 2026 em MS: calor acima da média e chuvas regulares marcam a estação

    O prognóstico do Inmet aponta acumulados de até 600 mm para o trimestre, com...

    Relacionado

    Governo Riedel anuncia convocação imediata de novos professores

    Governador autoriza chamamento de 28 aprovados para a Rede Estadual de Ensino e agenda nova reunião para janeiro de 2026 para tratar de candidatos...

    MS investe R$ 11,5 milhões em vigilância sanitária e registra queda nos casos de dengue

    Governador Eduardo Riedel entrega veículos para controle de endemias; Mato Grosso do Sul atinge marca de 51 viaturas novas e celebra redução contínua de...

    Aprovados do TJMS denunciam preterição após criação de 460 novos cargos

    Candidatos da área administrativa alegam falta de nomeações e desvio de função, enquanto Tribunal projeta gasto de até R$ 67 milhões com novas vagas. Candidatos...