Com a expectativa de atrair investidores estrangeiros, o governo federal adiou a previsão do leilão de concessão da Hidrovia do Rio Paraguai. A nova expectativa é de que o certame ocorra no primeiro semestre de 2026, após a análise do TCU e o cumprimento de todas as recomendações.
O governo federal adiou, mais uma vez, o leilão de concessão da Hidrovia do Rio Paraguai. A nova previsão, com efeito, é de que o certame ocorra no primeiro semestre de 2026. O motivo, em suma, é a expectativa de atrair investidores estrangeiros para o projeto. O leilão só será realizado após a análise do TCU (Tribunal de Contas da União) e o cumprimento de todas as recomendações.
A documentação da concessão, que foi submetida ao TCU em 15 de agosto, retornou na última semana ao MPor (Ministério de Portos e Aeroportos). O objetivo é incluir as contribuições recebidas no processo de market sounding, que foi conduzido com potenciais investidores. A pasta, por sua vez, apontou “interesse expressivo do mercado na futura licitação, com destaque para manifestações de empresas internacionais”.
O secretário-executivo do MPor, Tomé Franca, disse que a intenção de ouvir as observações é aprimorar a proposta. Ele espera evitar entraves jurídicos e tornar o processo mais ágil. “As sugestões coletadas serão analisadas criteriosamente por nosso corpo técnico, em parceria com a Secretaria Especial do PPI e a Antaq”, afirmou.
A concessão de hidrovias é uma iniciativa inédita no Brasil. A área de concessão, com efeito, abrange cerca de 600 km navegáveis do Rio Paraguai. O trecho fica entre Corumbá e a foz do Rio Apa, em Porto Murtinho. O projeto prevê investimentos de R$ 43 milhões nos cinco primeiros anos, podendo chegar a R$ 311 milhões ao longo da concessão. A concessão terá duração de 15 anos, com possibilidade de prorrogação por igual período.


