A operação cumpre 20 mandados de busca e apreensão e 15 de prisão em Mato Grosso do Sul, São Paulo e Bahia. O grupo criminoso contrabandeava mais de 14 toneladas de maconha usando caminhonetes clonadas e lavava o dinheiro por meio de empresas de fachada.
A Ficco (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado) deflagrou a Operação Heredita Damnare na manhã desta quinta-feira (2). A ação, com efeito, cumpre mandados de prisão e de busca e apreensão contra um grupo criminoso que atua no tráfico internacional de drogas.
As ordens judiciais são cumpridas em Mato Grosso do Sul (Dourados, Campo Grande e Ponta Porã), São Paulo (região da Grande São Paulo e Bauru) e Bahia.
Resultados da operação
De acordo com as informações repassadas à imprensa, a polícia cumpriu 20 mandados de busca e apreensão e 15 mandados de prisão em várias cidades. Além disso, a Justiça decretou o sequestro e bloqueio de bens dos investigados no valor de R$ 5,4 milhões.
“Apurou-se que a Orcrim (organização criminosa), mediante a utilização de caminhonetes subtraídas (clonadas), contrabandeava grande quantidade de drogas e munições da fronteira do Paraguai, para, posteriormente, transportá-las para grandes centros urbanos, como por exemplo, São Paulo”, diz em nota a Ficco.
A Engenharia do Crime
O grupo usava veículos de grande porte registrados em nome de empresas de transporte de cargas. A polícia apurou que as empresas eram abertas regularmente em nome de alguns dos integrantes da quadrilha. “Verificou-se que referidas empresas movimentaram dezenas de milhões de reais nos últimos meses”, afirma a investigação. Durante os trabalhos de investigação que antecederam a operação, a polícia apreendeu mais de 14 toneladas de maconha.
O nome da operação, Hereditas Damnare (herança maldita), faz referência a um dos líderes da organização criminosa que herdou do seu pai a mesma atividade ilícita. A Ficco é composta pela Polícia Federal, Polícia Militar de MS, Polícia Civil de MS, entre outros órgãos de segurança.


