O Gecoc e o Gaeco deflagraram a operação nesta terça-feira (7), cumprindo 19 mandados em MS e no Paraná. A investigação apura crimes de organização criminosa e corrupção. O grupo simulava concorrência para direcionar contratos de obras e serviços de engenharia.
As investigações contra fraudes em licitações chegaram a um esquema na Prefeitura de Bonito e resultaram na Operação Águas Turvas. O Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), com apoio do Gaeco, deflagrou a ação na manhã desta terça-feira (7). Ao todo, a polícia cumpre 15 mandados de busca e quatro de prisão preventiva em Campo Grande, Terenos, Bonito e Curitiba.
De acordo com o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), as investigações revelaram a existência de uma organização criminosa. O grupo, em suma, fraudava licitações de obras e serviços de engenharia em Bonito desde 2021. Eles simulavam concorrência entre empresas e impunham exigências específicas nos editais para direcionar os contratos. O valor dos contratos sob suspeita já soma R$ 4.397.966,86.
Os suspeitos são acusados de organização criminosa, fraude em licitações, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, entre outros delitos correlatos. Conforme a apuração, os servidores públicos passavam informações privilegiadas e ajustavam procedimentos para garantir o sucesso das fraudes. Eles recebiam vantagens indevidas em troca.
O nome da operação faz referência à perda de transparência. A situação contrasta com a imagem de Bonito, que é conhecida por suas águas cristalinas, mas que, segundo o MP, foi “maculada pela atuação ilícita dos investigados”.
A reportagem procurou o prefeito Josmail Rodrigues (PSDB), mas ainda aguarda um retorno.


