A Polícia Civil deflagrou a Operação Argos Panoptes em Naviraí. O objetivo é investigar o vazamento de informações sigilosas sobre uma operação policial. O vazamento teve origem na estagiária de um Fórum e, com efeito, foi repassado ao irmão, que é ligado à facção criminosa PCC.
Uma advogada, a irmã estagiária do Fórum e um irmão, apontado como integrante da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), foram alvos de mandados de busca e apreensão nesta terça-feira (14) em Naviraí. Os três, com efeito, são investigados na Operação Argos Panoptes. A Polícia Civil os acusa de vazamento de informações sigilosas sobre outra operação, a “Adsumus – Fase 2”, deflagrada contra traficantes da cidade.
Coordenadas pela 1ª Delegacia de Polícia Civil, as buscas resultaram na apreensão de celulares da advogada e dos irmãos dela. Não houve prisão.
Origem do Vazamento
De acordo com a Polícia Civil, o vazamento foi descoberto após a análise do celular de um dos alvos da Operação Adsumus II. Os investigadores localizaram um grupo de mensagens formado por integrantes e simpatizantes da organização criminosa. Nas conversas, foram encontradas informações detalhadas sobre a data da operação e sobre o uso de helicóptero policial.
Os investigadores identificaram a origem da divulgação por meio da estagiária que atuava na Vara Criminal de Naviraí. A Vara tramitava o processo da operação. Ainda segundo a polícia, a estagiária repassou a informação à irmã advogada, que por sua vez avisou o irmão. O irmão é responsável por divulgar os dados no grupo de mensagens. Esse indivíduo já é conhecido no meio policial por envolvimento com o tráfico de drogas.
O vazamento prejudicou os trabalhos investigativos. Alguns alvos não foram localizados, e outros, previamente alertados, conseguiram apagar dados dos celulares. Os três irmãos envolvidos no vazamento das informações são investigados com base na Lei nº 12.850/2013, que trata dos crimes relacionados a organizações criminosas. A estagiária foi afastada da função.


