Ricardo Campos Figueiredo, já excluído da Polícia Militar, foi novamente “expulso” da corporação por enriquecimento ilícito. A decisão, com efeito, determina a perda de bens avaliados em mais de R$ 1 milhão.
O ex-sargento Ricardo Campos Figueiredo, já excluído da Polícia Militar após ser condenado por integrar organização criminosa, por corrupção passiva e por lavagem de dinheiro, foi novamente “expulso” da corporação. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado desta segunda-feira (20), um mês após a sentença por enriquecimento ilícito.
O texto é assinado pelo comandante-geral da PM, coronel Renato dos Anjos Garnes. Ele afirma que a exclusão do efetivo da Polícia Militar obedece à decisão da “Ação Penal Militar” que resultou na condenação por enriquecimento ilícito.
A sentença, em ação por improbidade administrativa, determinou a perda de bens avaliados em R$ 1.096.396,93. O valor deverá ser corrigido pela taxa Selic e revertido em favor do Estado. A decisão da 1ª Vara de Direitos Difusos também incluiu a perda da função pública, a suspensão dos direitos políticos por dez anos e a proibição de contratar com o poder público.
Histórico de Condenações
Em abril de 2023, a Justiça confirmou a exclusão de Ricardo das fileiras da PMMS. Na ocasião, ele acumulava mais de 18 anos de prisão por integrar o esquema de favorecimento ao contrabando de cigarros paraguaios no Estado. Ricardo e mais onze militares, também condenados, foram alvos da Operação Oiketicus.
O militar chegou a ser reintegrado ao quadro da corporação em dezembro de 2022. No entanto, em abril do ano seguinte, a Justiça revogou o retorno, e ele foi definitivamente excluído das fileiras da Polícia Militar.


