O crescimento da obesidade e a venda irregular de medicamentos na fronteira preocupam a SES. A Vigilância Sanitária alerta que produtos sem registro na Anvisa oferecem risco grave à saúde. O Estado, por sua vez, investe em protocolos de atendimento e acompanhamento contínuo pela Atenção Primária.
Com o aumento dos casos de obesidade e a circulação irregular de canetas emagrecedoras, a SES (Secretaria de Estado de Saúde) reforça que o tratamento deve seguir diretrizes clínicas reconhecidas. A venda clandestina de medicamentos, muitas vezes trazida pela região de fronteira, pode oferecer riscos à saúde.
A Cvisa (Coordenação de Vigilância Sanitária Estadual) ressalta que o uso de produtos irregulares representa risco grave à saúde. O uso pode causar reações adversas, intoxicações e até morte. “Essas canetas de medicamentos importados sem registro na Anvisa não têm qualquer garantia de eficácia e segurança. É fundamental que a população busque orientação médica e evite medicamentos de origem duvidosa”, afirmou Alexandre Tutes, farmacêutico da Vigilância Sanitária Estadual.
Dados e Acompanhamento
A obesidade é uma das condições crônicas mais prevalentes acompanhadas pela APS (Atenção Primária à Saúde) no Estado. O excesso de peso, com efeito, está relacionado a doenças crônicas como diabetes e hipertensão, que representam grande parte dos atendimentos no SUS.
Dados do Ministério da Saúde apontam que a proporção de adultos com obesidade aumentou 72% em 13 anos. Em MS, números de 2024 do SISVAN mostram que, entre 432.773 pessoas avaliadas, 32,76% apresentavam sobrepeso, e apenas 25,94% tinham IMC adequado.
O documento LCSO (Linha de Cuidado do Sobrepeso e Obesidade), publicado pela SES em 2024, busca tornar os processos de tratamento mais eficazes. A LCSO vem sendo implementada para fortalecer a rede de cuidado e ampliar o acesso a estratégias de prevenção e tratamento.
Orientações ao Público
A Secretaria reforça que o tratamento da obesidade deve ser acompanhado por profissionais habilitados e seguir diretrizes clínicas reconhecidas. Medicamentos não registrados, manipulados ou adquiridos sem prescrição são considerados ilegais pela Anvisa. A promoção da alimentação adequada e saudável é uma das estratégias na rede, o que envolve educação alimentar e incentivo ao consumo de alimentos in natura.


