Candidatos da área administrativa alegam falta de nomeações e desvio de função, enquanto Tribunal projeta gasto de até R$ 67 milhões com novas vagas.
Candidatos aprovados no concurso de 2024 do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) protestam contra a decisão do órgão de criar 160 cargos efetivos e 300 cargos em comissão. A principal queixa é a estagnação nas convocações da área administrativa, contrastando com o anúncio de novas vagas e um aumento significativo na folha de pagamento.
🚩 Disparidade nas Nomeações
Segundo os representantes dos aprovados, há uma diferença gritante entre as áreas do certame organizado pela FGV:
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Área de Direito: Cerca de 400 convocados até o momento.
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Área Administrativa: Apenas 23 nomeações, apesar de o edital prever 150 vagas iniciais.
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Alegado Desvio de Função: Candidatos afirmam que profissionais de Direito estão sendo deslocados para funções administrativas, o que impediria a chamada dos aprovados específicos para o setor.
💰 Impacto Orçamentário em Xeque
Os aprovados questionam a justificativa de “falta de orçamento” dada anteriormente pelo setor de RH do Tribunal. O anúncio de novos cargos representa um impacto financeiro expressivo:
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Custo Estimado: O aumento na folha pode variar de R$ 40 milhões a R$ 67 milhões anuais.
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Justificativa do TJ: O tribunal afirma que o investimento é necessário para acelerar o trâmite de meio milhão de processos e aumentar a eficiência dos serviços.
⚖️ O Embate Jurídico: Tema 784 do STF
O grupo de aprovados, que se organiza em redes sociais e grupos de mensagens, baseia sua reclamação no Tema 784 do STF. O entendimento do Supremo estabelece que o candidato aprovado tem direito à nomeação se houver preterição arbitrária por parte da administração, como a contratação de pessoal temporário ou comissionado para exercer as mesmas funções de um cargo vago com concursados aguardando.
💬 Resposta do Tribunal de Justiça
Em nota oficial, o TJMS esclareceu que:
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As nomeações são graduais, respeitando a necessidade do serviço e limites da Lei de Responsabilidade Fiscal.
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Cargos em comissão possuem natureza de chefia e assessoramento, não substituindo servidores efetivos.
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A criação das novas vagas decorre de estudos técnicos para fortalecer o Judiciário estadual.


