Considerados próximos do atual governo venezuelano, Lula e Petro expressaram ‘profunda preocupação’ com o mandado de prisão emitido pela Justiça venezuelana contra Edmundo González Urrutia, opositor de Maduro
O político de 75 anos está escondido há um mês de um sistema de justiça acusado de servir ao chavismo
Um tribunal com competência para julgar terrorismo ordenou na noite de segunda-feira (2), poucos minutos após um pedido do Ministério Público, a prisão de Edmundo González Urrutia
Desde a eleição de 28 de julho, o Brasil, a Colômbia e o México tentam intermediar, sem sucesso, um diálogo entre a oposição e o chavismo venezuelano
‘Lamento profundamente que o resultado e seu reconhecimento não sirvam a todos os venezuelanos’, disse Juan Carlos Delpino, que foi um dos cinco reitores do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e está escondido
A declaração conjunta, divulgada neste sábado (24), manifesta também ‘total oposição à continuada aplicação de sanções unilaterais como instrumento de pressão’
‘Esta resolução carece de qualquer credibilidade, dadas as provas esmagadoras de que González recebeu a maioria dos votos’, informou em um comunicado o Departamento de Estado
‘Em que processo eleitoral no mundo você pode esperar três semanas para conhecer as evidências que garantem um resultado?’, disse Francisco Guerrero, secretário para o Fortalecimento da Democracia da OEA
Sem apresentar provas, o presidente da Venezuela acusa os líderes da oposição, Edmundo González Urrutia e María Corina Machado, pelas mortes; o antichavismo pediu a libertação das pessoas detidas em protestos
Departamento de Justiça norte-americano acusa o venezuelano de diversos crimes, com uma recompensa sobre sua cabeça de US$ 15 milhões; Caso negociação pela anistia siga adiante, Washington cancelaria o valor
Presidente venezuelano ainda disse que, no momento oportuno, explicará detalhadamente aos presidentes a ‘situação difícil de entender’ pela qual o país está passando
Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela justificou demora na divulgação dos resultados por conta de suposta sabotagem cibernética; Maduro categorizou o ocorrido como um “golpe de Estado ciberfascista”