spot_img
Quinta-feira, 24 Abril, 2025
More
    InícioPolíticaPolítica InternacionalComo Luis Arce reflete a trajetória da Bolívia do sucesso ao fracasso

    Como Luis Arce reflete a trajetória da Bolívia do sucesso ao fracasso

    Publicado há

    spot_img

    Televisão boliviana mostrou Arce confrontando o aparente líder da rebelião, o comandante geral do Exército, no corredor do palácio do governo na noite desta quarta-feira

    O presidente da Bolívia, que foi alvo de uma tentativa de golpe na tarde de quarta-feira (26), é um esquerdista de 60 anos que muitos enxergam como um oponente das políticas neoliberais e de livre mercado apoiadas por Washington. Luis Arce, que estudou economia em Londres, foi ministro da economia do presidente Evo Morales, cujo mandato de 2006 a 2019 o tornou um ícone da esquerda latino-americana. Depois que Evo deixou o cargo, Arce tornou-se presidente em novembro de 2020, após o curto período de Jeanine Añez no cargo. A televisão boliviana mostrou Arce confrontando o aparente líder da rebelião – o comandante geral do Exército – no corredor do palácio do governo na noite de quarta. “Eu sou seu capitão e ordeno que retire seus soldados e não permitirei essa insubordinação”, disse Arce. A carreira de Arce refletiu a trajetória econômica da Bolívia, do auge à falência. Ele trabalhou no Banco Central de 1987 a 2006 e trabalhou para Evo administrando uma bonança nos preços dos metais e hidrocarbonetos que ficou conhecida como o “Milagre Boliviano”. Mas, na época em que Arce assumiu o cargo, a Bolívia foi duramente atingida pela pandemia da Covid-19 e pelas tensões sociais desencadeadas pela saída de Evo em 2019, após protestos de rua e extrema pressão dos militares.

    As reformas neoliberais na década de 1990 ajudaram a Bolívia a se tornar um importante produtor de energia, e o país passou de uma nação de baixa renda para uma de renda média, de acordo com o Banco Mundial. A porcentagem de pessoas em extrema pobreza caiu para 15%, o Estado construiu rodovias e teleféricos, e as cidades cresceram. Mas a renda começou a cair em 2014. Ao assumir a presidência, Arce descreveu a recessão de seu país como a pior dos últimos 40 anos. Recentemente, ele disse que a produção de gasolina e diesel não cobria mais o consumo nacional e que o país precisava importar 86% de seu diesel e 56% de sua gasolina devido à falta de exploração e produção. As famílias também foram forçadas a lidar com os altos preços dos alimentos. Enquanto isso, as tensões entre Evo e seu partido continuaram aumentando. Em novembro, Arce criticou seus oponentes e disse que eles “sonhavam com novos golpes de Estado”.

    Publicado por Luisa Cardoso

    *Com informações do Estadão Conteúdo

    Fonte: Jovem Pan News

    Últimas

    Motociclista que morreu em acidente já havia matado mulher no trânsito

    Antônio Carlos tinha 66 anos e atropelou uma motociclista em 2022, em São Gabriel...

    Receita faz leilão com celulares, veículos e até PS5

    Mais de 400 lotes serão leiloados; lances podem ser feitos até 28 de abril A...

    Citricultura de MS escapa de tarifa dos EUA

    Mesmo com impacto bilionário no setor, suco produzido no Estado não será afetado por...

    Gasolina segue estável e diesel tem leve queda em Dourados

    Levantamento do Procon mostra que, apesar da estabilidade na gasolina, etanol e diesel apresentaram...

    Relacionado

    Israel nomeia novo comandante militar no país

    Eyal Zamir substitui o tenente-general Herzi Halevi, que renunciou após reconhecer falhas das Forças Armadas na guerra

    Macron critica tarifas dos EUA e fala em reciprocidade

    Embora tenha se reunido com o Trump, o presidente da França demonstrou ceticismo em relação à capacidade da União Europeia de evitar tarifas

    EUA negociam direto com Hamas para libertação de reféns e quebram tradição

    Atualmente, cerca de 24 pessoas, incluindo um cidadão americano, permanecem em cativeiro na Faixa de Gaza