Em depoimento a Marcelo Bretas, o ex-secretário municipal de Obras do Rio, Alexandre Pinto, acusou o ex-prefeito da cidade de participar de um suposto esquema de desvios de recursos
Em uma derrota do braço da Lava Jato no Rio de Janeiro, o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou as decisões do juiz Marcelo Bretas, ex-titular da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, em um processo em que o prefeito da capital fluminense Eduardo Paes (PSD) é acusado de caixa 2 na eleição municipal de 2012 e corrupção passiva. A Segunda Turma do Supremo decidiu que as denúncias devem ser julgadas na Justiça Eleitoral e declarou nulas todas as decisões de Bretas no processo. Em seu voto, o relator, ministro Gilmar Mendes, que é um dos críticos dos métodos adotados pela Lava Jato na apuração de casos de corrupção, afirmou que os fatos em análise no processo têm relação com supostos ilícitos nas campanhas de Paes e do PMDB (atual MDB). O ex-secretário municipal de Obras do Rio, Alexandre Pinto, acusou o ex-prefeito Eduardo Paes de participar de um suposto esquema de desvios de recursos em grandes obras no Rio em depoimento a Marcelo Bretas. “Só para deixar muito claro, essas coisas não eram só da Secretaria de Obras. O centro disso tudo não era a Secretaria de Obras. A gente tinha casos, principalmente das grandes obras, que as determinações não vinham da Secretaria de Obras. Vinham do gabinete do ex-prefeito Eduardo Paes. No qual ele determinava que determinada obra, principalmente as grandes, existiria isso. A Transcarioca foi uma obra de mais de R$ 1,5 bilhão, que veio uma determinação do prefeito. Posso falar na obra da Transoeste, da Odebrecht, ele foi muito claro em dizer que a Transoeste vai ser da Odebrecht”, contou Pinto.
Fonte: Jovem Pan News