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    Bangladesh decreta toque de recolher e mobiliza militares após invasão a prisão e libertação de prisioneiros

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    Estudantes têm exigido igualdade no recrutamento de funcionários públicos desde o início de julho e acreditam que o atual sistema de cotas favorece os filhos de grupos que apoiam a primeira-ministra

    Manifestantes em Bangladesh invadiram uma prisão e libertaram centenas de detentos nesta sexta-feira (19), enquanto a polícia lutava para reprimir os distúrbios, com grandes manifestações na capital Daca, apesar da proibição policial de reuniões públicas. Os distúrbios desta semana deixaram pelo menos 105 pessoas mortas, baseada em vítimas relatadas por hospitais, e representam uma ameaça sem precedentes ao governo autocrático da primeira-ministra Sheikh Hasina, que está no poder há 15 anos. Os manifestantes estudantis invadiram uma prisão no distrito de Narsingdi, na região central de Bangladesh, e libertaram os detentos antes de incendiar as instalações, disse um policial sob condição de anonimato. “Não sei o número de presos, mas devem ser centenas”, acrescentou. A força policial de Daca tomou a medida drástica de proibir todas as reuniões públicas durante o dia, a primeira desde o início dos protestos, em um esforço para evitar outro dia de violência.

    Os disparos da polícia foram a causa de mais da metade das mortes registradas nesta semana, de acordo com as descrições da equipe do hospital. A força policial da capital disse anteriormente que os manifestantes haviam incendiado, vandalizado e realizado “atividades destrutivas” em vários escritórios da polícia e do governo na quinta-feira. Entre eles estava a sede da estatal Bangladesh Television em Daca, que continua fora do ar depois que centenas de estudantes indignados invadiram as instalações e incendiaram um prédio. “Cerca de 100 policiais ficaram feridos nos confrontos de ontem”, enfatizou o porta-voz da Polícia Metropolitana de Daca, Faruk Hossain. “Cerca de 50 cabines de polícia foram incendiadas”, disse ele.

    A agitação se espalhou por grande parte do país e agora afeta 26 dos 64 distritos de Bangladesh, de acordo com a rede. Os estudantes têm exigido igualdade no recrutamento de funcionários públicos desde o início de julho e acreditam que o atual sistema de cotas favorece os filhos de grupos que apoiam a primeira-ministra Sheikh Hasina, de 76 anos, que está no poder desde 2009. Diante do ocorrido, Bangladesh decretou toque de recolher e mobilizou militares para conter uma onda de protestos. A mobilização começou há um mês e explodiu nesta sexta. O anúncio do governo foi feito depois que a polícia da capital, Daca, proibiu as reuniões públicas, para tentar frear os protestos.

     

    *Com informações da AFP
    Publicado por Sarah Américo

    Fonte: Jovem Pan News

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