Atual campeã olímpica, a seleção canadense sofreu um baque neste sábado (27). Isso porque o Comitê Disciplinar da FIFA tirou 6 pontos do torneio de futebol feminino nas Olimpíadas de Paris devido à investigação sobre o caso de espionagem após denúncia do uso de drones relatada pela Nova Zelândia, derrotada na estreia por 2 a 1. Viens e Lacasse marcaram os gols e Barry descontou para a equipe da Oceania.

Além disso, a técnica Bev Priestman e mais dois integrantes da comissão foram punidos e terão que cumprir suspensão de um ano. A Federação Canadense pode entrar com recurso na Corte Arbitral do Esporte (CAS) .

A Federação Canadense de Futebol (Canada Soccer) afirmou que o auxiliar técnico Andy Spence é quem continua no comando da equipe até o término da participação nos Jogos de Paris 2024. As Canucks voltam a campo neste domingo (28), quando enfrentam a anfitriã França no Estádio Geoffroy-Guichard, em Saint-Étienne.

“Após o procedimento disciplinar aberto contra a Federação Canadense de Futebol e seus oficiais Beverly Priestman, Joseph Lombardi e Jasmine Mander, o presidente do Comitê Disciplinar da FIFA decidiu encaminhar o caso diretamente ao Comitê de Apelações da FIFA, de acordo com o artigo 56.3 do Código Disciplinar da FIFA (CDF).

Esta decisão foi adotada devido à possibilidade de o resultado do procedimento afetar o desenvolvimento da competição final do Torneio Olímpico de Futebol Feminino (TOF) dos XXXIII Jogos Olímpicos Paris 2024 (TOF) em curso e com o objetivo de salvaguardar os direitos dos réus.

Portanto, e após ter avaliado todas as provas constantes dos autos, o presidente do Comitê de Apelações da FIFA emitiu as seguintes sanções por violação do art. 13 da CDF (Conduta ofensiva e violação dos princípios do fair play) e art. 6.1 do Regulamento do Torneio Olímpico de Futebol (Responsabilidades):

– CSA: dedução automática de seis pontos da classificação da equipe representativa feminina da Federação Canadense no Grupo A do Torneio Olímpico de Futebol e multa de CHF 200.000 (200 mil francos suíços, aproximadamente R$ 1,2 milhão);
– Beverly Priestman, Joseph Lombardi e Jasmine Mander estão suspensos de participar de qualquer atividade relacionada ao futebol pelo período de um ano

Foi determinado que o CSA foi responsável por não respeitar os regulamentos aplicáveis ​​da FIFA ao não garantir o cumprimento da proibição de voar drones sobre qualquer local de treinamento por parte de seus dirigentes participantes do Torneio Olímpico de Futebol. Cada um dos dirigentes foi responsabilizado por condutas ofensivas e violação dos princípios do fair play em relação ao uso de drones pela seleção feminina representativa do CSA no âmbito do Torneio Olímpico de Futebol.

O CSA e seus dirigentes foram notificados hoje sobre os termos da decisão do Comitê de Apelações da FIFA. De acordo com as disposições pertinentes da CDF, eles têm dez dias para solicitar uma decisão fundamentada, que – se solicitada – seria posteriormente publicada em legal.fifa.com. A decisão está sujeita a eventual recurso para o Tribunal Arbitral do Desporto.”

“Nas últimas 24 horas, informações adicionais chegaram ao nosso conhecimento sobre o uso anterior de drones contra oponentes, antes dos Jogos Olímpicos de Paris 2024. À luz dessas novas revelações, o Canada Soccer tomou a decisão de suspender a técnica da seleção feminina de futebol nacional, Bev Priestman, pelo restante dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 e até a conclusão de nossa revisão externa independente recentemente anunciada.”

– Kevin Blue, CEO da Federação Canadense

“O Comitê Olímpico Canadense removeu a técnica da seleção feminina canadense, Bev Priestman, da equipe olímpica canadense devido à sua suspensão pela Canada Soccer. O assistente técnico Andy Spence liderará a Seleção Feminina até o final dos Jogos Olímpicos de Paris 2024.”

– Nota oficial da Federação Canadense

Fonte: 90min